A mulher que teve o corpo queimado pelo ex-companheiro é a primeira a ser beneficiada com cirurgia plástica reparadora pelo projeto Recomeçar, uma parceria entre o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), por meio do Núcleo Judiciário da Mulher (NJM), e a Fundação IDEAH/SBCP.
No dia do crime, a vítima foi resgatada por um vizinho e conseguiu sobreviver. No entanto, devido às sequelas, perdeu o movimento de um dos braços e não pode retornar ao trabalho, sobrevivendo com o apoio financeiro de familiares e de programas do governo. O agressor foi condenado a 15 anos de prisão.
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O projeto tem como objetivo realizar cirurgias plásticas reparadoras em mulheres, crianças e adolescentes que sofreram sequelas causadas por violência doméstica e familiar, com casos em tramitação no TJDFT.
Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, os Juizados Especiais Criminais, os Tribunais do Júri, as Varas Criminais e a Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes identificam as situações elegíveis para as cirurgias reparadoras. Em seguida, o Núcleo Judiciário da Mulher faz o encaminhamento para a Fundação IDEAH/SBCP, onde os casos são avaliados clinicamente.
Após a tentativa de feminicídio, a vítima sofreu queimaduras de 2º e 3º graus e passou 17 dias internada no HRAN, hospital especializado em queimaduras no DF, onde foi submetida a duas cirurgias antes de ser incluída no projeto. As primeiras cirurgias realizadas pelo projeto Recomeçar ocorreram em dezembro de 2023, no colo e no peito. Em março de 2024, foi a vez do braço. Ainda estão previstas mais três cirurgias.
*Com informações do TJDFT