Investigação

Assistente social assassinada após dar carona é cremada em Valparaíso (GO)

Jovem foi brutalmente assassinada por um conhecido após oferecer uma carona a ele. O caso é tratado como feminicídio

Vítima tinha 27 anos e era assistente social -  (crédito: Redes sociais)
Vítima tinha 27 anos e era assistente social - (crédito: Redes sociais)

Foi velada, na tarde deste domingo (24/11), a assistente social Bertha Victoria Kalva Soares, 27 anos. A jovem foi brutalmente assassinada por um conhecido, de 35 anos, após oferecer uma carona a ele. O homem, identificado como Edilson de Sousa Nascimento, está preso e responderá por feminicídio. 

Bertha foi velada entre 12h e 14h no Cemitério Campo de Taguatinga. Depois, o corpo seguiu para o cemitério de Valparaíso de Goiás, onde foi cremado às 16h. 

  • Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

A jovem foi morta na noite de sexta-feira (22/11). Antes do ocorrido, Bertha mandou uma mensagem à namorada dizendo que iria dar carona ao homem, posteriormente identificado como Edilson. “Ela saiu para comprar cigarro e cerveja, deu carona e logo depois só soubemos da fatalidade. Ainda não temos a certeza dessa dinâmica. E se foi de outra forma?”, disse a mãe da jovem ao Correio, Iracira Márcia, 57.

Segundo a Polícia Civil (PCDF), Edilson simulou uma amizade com Bertha e, após isso, saiu no carro com a vítima. Horas depois, matou a jovem estrangulada e jogou o corpo em uma mata próxima. Em seguida, ateou fogo no veículo dela. A motivação do crime ainda é investigada pelos policiais da 19ª Delegacia de Polícia (P Norte). 

Passagens pela polícia

Edilson de Sousa ganhou o livramento condicional em fevereiro deste ano, depois de ficar mais de 10 anos preso por homicídio e estupro cometido em 2013. 

O alvará de soltura de Edilson foi deferido em 28 de fevereiro e foi justificado pelo fato do detento não ter “usufruído de benefícios externos”, motivo este que não poderia impedir o livramento condicional. Na decisão assinada pelo juiz Bruno Aielo Macacari, o magistrado determina a soltura mediante o monitoramento eletrônico pela tornozeleira. 

Apesar da decisão não ressaltar faltas graves cometidas por Edilson enquanto preso, o Correio obteve acesso a um documento judicial de regressão de regime em decorrência de uma fuga. Na ocasião, Edilson não retornou da saída temporária e ficou foragido entre 8 de junho de 2021 e 31 de agosto de 2021.

postado em 24/11/2024 20:24
x