A evolução no tratamento do HIV nos últimos 40 anos foi tema do CB.Saúde — parceria entre o Correio e a TV Brasília — desta quinta-feira (21/11). Às jornalistas Carmen Souza e Sibele Negromonte, o infectologista e diretor médico de HIV da GSK, Rodrigo Zilli, falou sobre a importância do acompanhamento no tratamento do HIV, que registra 11 mil óbitos por ano no país.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais noticias do dia no seu celular
Rodrigo Zilli observou que o tratamento antirretroviral existe há quase 40 anos e, ao longo desse período, houve avanços significativos. ”No início, usava-se apenas o AZT (zidovudina), um medicamento único, mas com muitas toxicidades. Com o tempo, descobriu-se que só a combinação de medicamentos pode suprimir o vírus de forma eficaz e sustentável. Assim, foram desenvolvidos remédios modernos, com menos efeitos colaterais, doses mais práticas e maior resistência ao vírus, permitindo tratamentos mais simples, como um comprimido por dia”, explicou.
Tratamento
O infectologista ressaltou que, anos atrás, a dose diária de medicamento era de mais de 20 comprimidos, em horários específicos e com diversas exigências, como consumo com alimentos gordurosos ou muita água. “Isso tornava a qualidade de vida e a conciliação com a rotina de trabalho muito difíceis. Hoje, os tratamentos são muito mais práticos, melhorando significativamente a vida de quem vive com HIV”, salientou.
Ele ressaltou que, no Brasil, o Ministério da Saúde oferece os tratamentos mais modernos, com esquemas iniciais que consistem em dois comprimidos por dia, tomados de uma só vez. “Essa regularidade é fundamental para evitar falhas no tratamento. Mesmo assim, dados oficiais apontam que cerca de 9% a 10% das pessoas acabam perdendo o acompanhamento, seja por abandono ou por outras razões. Isso reforça a necessidade de um suporte contínuo, garantindo que essas pessoas sigam em tratamento e tenham acesso a uma vida saudável e com qualidade”, completou.
Veja a entrevista completa