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Dia da Consciência Negra é considerado feriado nacional pela primeira vez

Ao CB.Poder, Dione Moura, diretora da Faculdade de Comunicação da UnB e relatora do sistema de cotas, reforçou a importância das políticas de inclusão para construir uma sociedade mais justa e igualitária

 19/011/2024 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. CB Poder recebe Dione Moura, diretora da Faculdade de Comunicação da UnB.  -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
19/011/2024 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. CB Poder recebe Dione Moura, diretora da Faculdade de Comunicação da UnB. - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

O Dia Nacional da Consciência Negra foi tema do CB.Poder — parceria entre o Correio e a TV Brasília — desta terça-feira (19/11). Às jornalistas Mariana Niederaurer e Rosane Garcia, a diretora da Faculdade de Comunicação da UnB e relatora do sistema de cotas,  Dione Moura, destacou a importância da data, que pela primeira vez será considera feriado nacional, e o pioneiro sistema de cotas feito pela UnB há 20 anos.

Na Véspera do Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro de 2024, a relatora do sistema de cotas da universidade de Brasília salientou a  importância de reflexão sobre a relevância da população negra na história do Brasil e do mundo. “A consciência que ainda não alcançamos sobre essa importância precisa ser cultivada em todos os espaços: nas escolas, nos trabalhos, nas ruas e nas políticas públicas de inclusão. Este dia é uma oportunidade para parar e pensar sobre como tratamos e incluímos a população negra, buscando construir uma sociedade mais justa e igualitária”, ressaltou.

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Cotas

A diretora da Faculdade de Comunicação da UnB afirmou que o sistema de cotas transformou o sistema educacional brasileiro e que as cotas para negros e indígenas, pioneiras na UnB, representam uma reparação histórica. ”É uma tentativa de devolver o que foi retirado com séculos de escravização e exclusão. Elas surgem para corrigir as desigualdades e dar uma chance real de acesso à educação superior para aqueles que foram historicamente marginalizados", destacou.

Dione relata que nos primeiros anos, houve muita resistência, pois a sociedade não reconhecia a necessidade das cotas. No entanto, com o tempo, a compreensão sobre a importância da medida se expandiu, disse. ”É evidente que a diversidade trazida por essas políticas tem enriquecido o ambiente acadêmico e contribuído para a melhoria da qualidade do ensino. A UnB, ao longo de 20 anos, tem mostrado que as cotas não apenas não diminuíram a qualidade, mas ajudaram a transformar a universidade em uma instituição mais rica em perspectivas e experiências", esclareceu.

*Estagiário sob a supervisão de Eduardo Pinho 

 

postado em 19/11/2024 17:04
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