Pela segunda vez, Brasília abrigou edição da Expo Favela Innovation. Foi neste fim de semana (16 e 17/11), com adesão de 40 estandes, selecionados entre 300 representantes inscritos, para estarem dispostos no Sesi Lab. A inovação foi um dos elementos de maior peso no universo de negócios promovidos, a partir de identificação com a periferia. Organizado pela Central Única das Favelas (Cufa), o evento atraiu milhares de visitantes e ofereceu rodas de rodadas de palestras, shows e diversos produtos de empreendedores locais. A apresentação da cantora Laady B, às 19h30 neste domingo, a exposiçãoa exposição.
A busca por empreendimentos novos ou em expansão movimentaram pessoas como Elder Ramos, 42 anos, que aliou a formação em turismo com técnicas de desenvolvimentos de projetos. Por meio do aplicativo gratuito Square City (@square.city), ele, em parceria com empresas, chegou à inovadora forma de conhecer Brasília e arredores. "Nosso conceito é o de gamificar (dar roupagem de jogo) o jeito de circular pela cidade, como uma espécie de caça ao tesouro. Ao levantar do sofá, tendo a ferramenta virtual, as pessoas, por geolocalização, se aproximam de bonificações que incluem cortesias, ingressos, porcentagens de desconto e outros brindes", conta o morador do Guará. Lançado no ano passado, o aplicativo cresceu, a partir da adesão a na segunda edição da Expo Favela Innovation no DF.
Vindos do município de Mogi Guaçu (SP), um trio de turistas químicos circulou pelos corredores da Expo Favela Innovation atraído pelo acaso. "Moramos no interior, em que não há periferia; na verdade, existem apenas bairros mais afastados do centro. Estar aqui é uma novidade que agrega", pontuou David Bonati, 29 anos. Ele estava acompanhado dos amigo Thaigo Matias e Ruti Fiais.
De uma realidade alinhada à da promovida pela Expo Favela, Thiago Matias contou que, quando ele e a família saíram de uma cidade do Nordeste para viver em São Paulo, moraram em uma região de Diadema, chamada Favela Pantanal. "Aqui, na Expo Favela, temos a superação do estigma da violência. Vimos artistas que traziam produtos popularizados, antigamente, em bares e quitandas. Atualmente, vemos a questão da oportunidade para mercados que se espandem até mesmo entre a sociedade mais elitizada. Se alcançou o campo do possível".