O governador Ibaneis Rocha (MDB) determinou a criação de uma divisão antiterrorismo na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), conforme confirmou ao Correio o chefe do Executivo local.
A determinação foi transmitida ao secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, e, segundo o governador, a nova divisão incluirá policiais civis especializados no combate ao crime organizado.
A medida ocorre após um atentado cometido por Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite de quarta-feira (13/11). O imóvel alugado por ele, localizado em Ceilândia, está sob perícia da Polícia Federal nesta quinta-feira (14/11), onde foram encontrados artefatos explosivos.
Horas antes de tentar explodir um artefato nas proximidades da Praça dos Três Poderes, Francisco publicou em uma rede social uma foto dentro do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), acompanhada da frase: “deixaram a raposa entrar no galinheiro (chiqueiro)”.
Na postagem, o homem exibia uma conversa no WhatsApp com ele mesmo, na qual afirmava estar dentro do STF. A mensagem, datada às 23h22 (sem indicação do dia), continha também a frase: “Deixaram a raposa entrar no galinheiro (chiqueiro); ou não sabem o tamanho das presas ou é burrice mesmo. Provérbios 16:18 (A soberba precede a queda)”.
O homem acabou morrendo após ser atingido por um dos artefatos que levava consigo.
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Moraes era alvo
A ex-mulher de Francisco afirmou à Polícia Federal que o objetivo dele matar o ministro Alexandre de Moraes. A informação foi repassada pelo diretor da PF, Andrei Augusto Passos Rodrigues, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (14/11).
"O alvo principal era o assassinato do ministro Alexandre de Moraes e parece que esta pessoa tenha tentado ingressar no prédio do Supremo, não conseguiu e fez o que fez ali", afirmou o policial federal. A ex-mulher de Francisco se chama Daiane.
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