O ataque com explosivos na Praça dos Três Poderes ocorrido na noite desta quarta-feira (14/11) não foi o primeiro envolvendo ideais políticos e bombas . Em 24 de dezembro de 2022 — véspera de Natal —, funcionários da Inframérica encontraram, nas proximidades do Aeroporto de Brasília, material explosivo dentro de uma caixa após um caminhão tê-la deixado na via pública, ainda pela madrugada. À época, foi descoberto que os bolsonaristas George Washington, Wellington Macedo e Alan Diego dos Santos foram os responsáveis por planejar o ataque.
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Quando preso, Alan Diego confessou à polícia ter recebido a bomba no acampamento bolsonarista montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. Ele deixou o artefato explosivo em cima de um caminhão-tanque nos arredores do aeroporto. O blogueiro bolsonarista Wellignton Macedo foi quem conduziu o carro e que levou Alan Diego até o aeroporto na véspera de Natal de 2022. George Washington foi quem confeccionou o artefato.
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Naquele dia, a ação para remover os explosivos contou com o apoio da Polícia Federal (PF) e do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF). O procedimento para a remoção do objeto, que eram duas bananas de dinamite ligadas a um fio, iniciou por volta de 11h55 pelo Esquadrão de Bombas da corporação. Às 13h20, o grupo desativou a bomba Policiais civis realizaram a perícia.
Condenações
Wellington Macedo, o “blogueiro da bomba”, segue detido no Complexo Penitenciário da Papuda. Macedo foi condenado a seis anos de prisão pelo atentado. Logo depois de a ação haver sido frustrada, com a ação polícial, ele fugiu do país, sendo encontrado apenas em setembro do ano passado, após ser capturado em uma operação conjunta da polícia paraguaia e a Interpol, no extremo leste do Paraguai.
Além de Wellington, George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego — outros envolvidos na trama — foram condenados na primeira instância do Judiciário local. O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) e as defesas dos dois réus questionaram a condenação.
Sobre Diego, o desembargador entendeu que as condenações dadas a ele são fixadas em consonância com os parâmetros adotados pela legislação. Com isso, a pena, que antes era de cinco anos e quatro meses, foi diminuída para cinco anos. Na decisão, o magistrado rejeitou um pedido de liberdade das defesas e determinou que ambos cumprirão pena em regime fechado.
Entenda o caso desta quarta
Ao menos duas explosões foram ouvidas na noite desta quarta-feira (13/11) na Praça dos Três Poderes, na Esplanada dos Ministérios, centro de Brasília. Uma delas se deu em frente à estátua da Justiça, no Supremo Tribunal Federal. O local foi interditado pela Polícia Militar e pela segurança do STF.
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Vídeos obtidos pelo Correio também mostram fumaça e vários sons de explosão em uma área usualmente movimentada entre a sede da Corte e a Câmara dos Deputados. Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da Polícia Civil foram deslocadas para a região e interditaram a área para varredura.
Veja o trabalho da polícia no local:
Ministros em segurança
O Supremo Tribunal Federal (STF) informou, em nota, que a Corte foi evacuada logo que foram ouvidas as explosões ocorridas na noite desta quarta-feira (13/11) na Praça dos Três Poderes. Conforme informou o STF, os ministros foram retirados do prédio em segurança.
"Ao final da sessão do STF desta quarta-feira (13), dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança. Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF", afirma a nota.
Veja o relato de uma testemunha:
PCDF faz perícia
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou que a perícia foi acionada à Praça dos Três Poderes. "A Polícia Civil do Distrito Federal informa que policiais da 5ª Delegacia de Polícia estão no local onde ocorreu a explosão de um artefato em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite desta quarta-feira (13). A PCDF já deu início às primeiras providências investigativas e a perícia foi acionada ao local", diz nota enviada ao Correio.
"A princípio há uma única vítima. O Bope está fazendo varredura e não há como passar mais informações. Só após a varredura e indicativo e local totalmente seguro, serão feitas diligências de perícia e identificação da vítima", afirmou Bruno Dias, delegado da 5ª DP.