A Esplanada dos Ministérios segue fechada na manhã desta quinta-feira (14/11) após a explosão de bombas na Praça dos Três Poderes na noite de quarta-feira (13/11). Um homem morreu em frente ao STF. Ele foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, natural de Santa Catarina.
Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, o corpo do homem que morreu na explosão ainda está no local. De acordo com testemunhas ouvidas pelo Correio, Francisco morreu após lançar um explosivo contra a estátua da Justiça, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele teria arremessado duas bombas, sendo atingido por uma delas.
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O Expediente foi suspenso no Supremo Tribunal Federal e no Congresso Nacional.
O trânsito de veículos está autorizado até a Alameda das Bandeiras, mas não é permitido descer até a praça dos Três Poderes. A passagem de pedestres está liberada apenas pelo lado do Ministério da Justiça.
Conforme informou o chefe da comunicação da corporação na noite de quarta-feira, o homem tem explosivos amarrados junto ao corpo. Além das bombas, também foram encontrados um timer - detonador e outros explosivos.
Uma ampla varredura está sendo realizada desde as primeiras explosões para identificar se existem outros artefatos no local.
A PMDF informou na manhã desta quinta-feira (15/11) que o Bope continua desativando os artefatos explosivos que estão sendo encontrados na área. Conforme nota da corporação, os artefatos estão sendo desativando um a um e é necessária uma ação muito criteriosa na preservação dos vestígios, para a investigação poder ter materiais em busca de outros possíveis autores.
Durante a madrugada, a polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e a Polícia Federal estiveram em uma casa de Ceilândia alugada pelo homem que morreu nas explosões. Os investigadores utilizaram um robô para identificação de bombas, pois há suspeita de que o local contenha outros artefatos explosivos.
Segundo a PMDF, foram cumpridos mandados de busca em uma casa que fica na QNN 07, Ceilândia Norte.
Entenda o caso
Ao menos duas explosões foram ouvidas na noite desta quarta-feira (13/11) na Praça dos Três Poderes, na Esplanada dos Ministérios, centro de Brasília. Uma delas se deu em frente à estátua da Justiça, no Supremo Tribunal Federal. O local foi interditado pela Polícia Militar e pela segurança do STF.
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Vídeos obtidos pelo Correio também mostram fumaça e vários sons de explosão em uma área usualmente movimentada entre a sede da Corte e a Câmara dos Deputados. Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da Polícia Civil foram deslocadas para a região e interditaram a área para varredura.
Veja o trabalho da polícia no local:
Ministros em segurança
O Supremo Tribunal Federal (STF) informou, em nota, que a Corte foi evacuada logo que foram ouvidas as explosões ocorridas na noite desta quarta-feira (13/11) na Praça dos Três Poderes. Conforme informou o STF, os ministros foram retirados do prédio em segurança.
"Ao final da sessão do STF desta quarta-feira (13), dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança. Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF", afirma a nota.
Veja o relato de uma testemunha:
PCDF faz perícia
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou que a perícia foi acionada à Praça dos Três Poderes. "A Polícia Civil do Distrito Federal informa que policiais da 5ª Delegacia de Polícia estão no local onde ocorreu a explosão de um artefato em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite desta quarta-feira (13). A PCDF já deu início às primeiras providências investigativas e a perícia foi acionada ao local", diz nota enviada ao Correio.
"A princípio há uma única vítima. O Bope está fazendo varredura e não há como passar mais informações. Só após a varredura e indicativo e local totalmente seguro, serão feitas diligências de perícia e identificação da vítima", afirmou Bruno Dias, delegado da 5ª DP.