GOLPE

Grupo criminoso que fazia anúncios falsos na internet é alvo de operação policial

Segundo a PCDF, a estratégia do grupo era identificar anúncios reais de celulares em uma plataforma de compra e venda e contatar os vendedores simulando interesse na compra

As investigações começaram em março de 2021, quando os policiais identificaram uma organização criminosa formada por jovens entre 20 e 30 anos -  (crédito:  Shutterstock)
As investigações começaram em março de 2021, quando os policiais identificaram uma organização criminosa formada por jovens entre 20 e 30 anos - (crédito: Shutterstock)

A Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), com apoio da Delegacia de Repressão a Crimes Informáticos da Polícia Civil do Mato Grosso (DRCI/PCMT), cumpriu nesta quinta-feira (7/11) quatro mandados de busca e apreensão em endereços de Mato Grosso para combater o "Golpe do Falso Intermediário” em uma plataforma de compra e venda de produtos.

As investigações começaram em março de 2021, quando os policiais identificaram uma organização criminosa formada por jovens entre 20 e 30 anos, especializada em fraudes eletrônicas na plataforma online. O grupo movimentou mais de R$ 100 mil em valores obtidos ilicitamente por meio do "Golpe do Falso Intermediário”, prejudicando dezenas de vítimas em todo o país.

Segundo a polícia, o grupo agia de forma estratégica: identificava anúncios reais de celulares na internet e contatava os vendedores simulando interesse na compra. Em seguida, solicitava a suspensão temporária do anúncio original e criava uma versão falsificada com preço mais baixo e dados de contato diferentes.

Quando um comprador demonstrava interesse no anúncio falso, o grupo intermediava uma negociação fraudulenta entre o vendedor verdadeiro e o comprador, recebendo o pagamento em diversas contas bancárias de “laranjas”. O dinheiro era então inserido em um complexo esquema de lavagem.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande e Tangará da Serra. Foram apreendidos computadores, celulares e documentos que serão periciados. Uma investigada confessou a prática do crime.

Os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa, estelionato eletrônico, lavagem de dinheiro e falsa identidade. Somadas, as penas podem chegar a 27 anos de prisão.

postado em 07/11/2024 19:49 / atualizado em 08/11/2024 14:18
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