Uma organização criminosa especializada em fraudes relacionadas à falsa portabilidade de empréstimos é alvo de investigações da Polícia Civil do Distrito Federal, que deflagrou a segunda fase da operação “Hard Times”, nesta quinta-feira (7/1). Durante a ação, uma mulher que liderava a equipe de correspondentes bancários foi presa.
As investigações tiveram início em 2023, quando um servidor público da região de Taguatinga foi vítima do esquema da quadrilha. Ele recebeu uma oferta vantajosa de portabilidade para seu empréstimo consignado, no entanto, após liberar o valor do novo crédito, foi convencido a transferir a quantia para uma falsa instituição financeira, acreditando que estava quitando sua dívida. O prejuízo estimado foi de R$ 200 mil.
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A primeira fase da operação, realizada em março deste ano, resultou na prisão de 11 suspeitos em três estados. Além disso, foi realizada a apreensão de uma central telefônica instalada em São Paulo, de onde os golpistas comandavam as fraudes em todo o país. Ao todo, R$ 2 milhões foram apreendidos em contas bancárias dos envolvidos.
Após a primeira fase da operação, novas diligências levaram à identificação da estrutura de atuação do grupo que contava com três núcleos interligados. O primeiro grupo era responsável por entrar em contato com as vítimas e oferecer a falsa portabilidade sob condições atrativas. Após o convencimento da vítima, seus dados eram passados para o grupo de correspondentes bancários que faziam o lançamento da proposta junto as instituições financeiras, que liberavam o empréstimo na conta das vítimas.
Em seguida, o primeiro núcleo falava novamente com as pessoas, convencendo-as a transferir os valores para as falsas intuições, com a falsa promessa de quitação dos empréstimos. Nesse momento, o primeiro grupo entrava em contato com a vítima mais uma vez e a induzia a repassar os valores para financeiras, que supostamente iriam quitar a dívida. O terceiro grupo era responsável por diluir os valores e distribuí-los entre os demais membros da quadrilha.
Nesta fase segunda fase, estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Viçosa (MG). Os envolvidos responderão pelos crimes de estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que podem chegar até 26 anos de reclusão.
A ação coordenada pela 17ª DP, que contou com o apoio de forças policiais de Minas Gerais (PCMG), São Paulo (PCSP) e Rio de Janeiro (PCRJ.
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