OPERAÇÃO

Gangue do Rolex: saiba como agia grupo violento, alvo de operação no DF

Criminosos migravam de São Paulo para a capital para cometer os crimes. Nesta manhã, são cumpridos 16 ordens judiciais

Dois membros da quadrilha conhecida como Gangue do Rolex foram presos na manhã desta quinta-feira (7/11) -  (crédito: Divulgação PCDF)
Dois membros da quadrilha conhecida como Gangue do Rolex foram presos na manhã desta quinta-feira (7/11) - (crédito: Divulgação PCDF)

Policiais da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) cumprem, na manhã desta quinta-feira (7/11), oito mandados de busca e apreensão e de prisão contra membros de uma quadrilha especializada no roubo de relógios de luxo. As ordens judiciais são cumpridas no DF, em São Paulo e Pernambuco.

Segundo as investigações, o grupo é responsável por praticar ao menos oito assaltos na capital federal em 2023. Durante o cumprimento dos mandados, a polícia apreendeu quatro relógios rolex avaliados em R$ 150 mil cada. Até a última atualização dessa reportagem, cinco pessoas haviam sido presas.

Modus Operandi


A "Gangue do Rolex" atua de forma organizada e itinerante em várias capitais do país, focando especialmente em áreas nobres e de alto poder aquisitivo. O grupo dispõe de uma estrutura dividida em funções específicas: olheiros, que identificam as vítimas; e execcutores, responsáveis por realizar os roubos de maneira rápida e violenta, frequentemente utilizando motocicletas com placas adulteradas para garantir uma fuga ágil e dificultar o trabalho da polícia.

Dois dos integrantes do grupo, residentes no Distrito Federal, foram identificados como peças-chave para o suporte logístico da quadrilha, oferecendo hospedagem, fornecimento de motocicletas e armamentos aos comparsas oriundos de Taboão da Serra (SP). Esses criminosos utilizavam constante comunicação via aplicativos de mensagens para coordenar as ações em tempo real, permitindo abordagens abruptas e intimidadoras das vítimas, sempre com o uso de armas de fogo. Muitos dos roubos ocorreram enquanto as vítimas estavam paradas em semáforos.

Segundo o delegado à frente do caso, Renato Fayão, essa dinâmica eleva significativamente o risco de evolução para latrocínio (roubo seguido de morte), uma vez que a pressão para rápida execução dos crimes, aliada ao uso de armas, torna qualquer tentativa de reação extremamente perigosa. “Os relógios roubados são rapidamente encaminhados a uma rede de receptadores, com ligações até mesmo internacionais, dificultando a recuperação dos bens”, destacou o delegado. 

postado em 07/11/2024 08:07 / atualizado em 07/11/2024 09:01
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