Giovanna Sfalsin*
O Coral da UnB levará a Portugal uma das várias faces da riqueza cultural do Brasil: a do Nordeste. Parte do grupo viajou, ontem, para participar, em Lisboa, do Festival Lisbon Sings (Festival Lisboa Canta, em português). Esse evento reunirá — entre sexta e segunda-feira — grupos de todos os continentes. Sob a regência do maestro Éder Camúzis, o coro brasileiro quer cativar o público não só com sua técnica. Eles pretendem enriquecer, visualmente, algumas das canções que executarão — duas de autores nordestinos — com uma indumentária diferente das túnicas ou trajes passeio completo usualmente ostentados por conjuntos similares. Subirão ao palco, homens e mulheres, trajados com gibões e saias de chita rodadas, respectivamente, tendo, todos, suas cabeças enfeitadas com chapéus de couro.
Eles participarão em duas categorias: coro misto e música folclórica. Na primeira, apresentarão duas peças nacionais — Jubiabá, de Carlos Alberto Pinto Fonseca; e Série xavante, de César Guerra Peixe — e duas estrangeiras: a canção espanhola Amor de mi alma (Amor de minha alma), de Garcilaso De La Vega; e a norueguesa Even when he is silent (Mesmo quando ele está em silêncio), de Kim André Arnesen. Na segunda, entre as composições nacionais escolhidas, o carro chefe será puxado por Suíte dos pescadores, de Dorival Caymmi; Feira de Mangaio, de Sivuca e Glória Gadelha; e Xaxado, de Luiz Gonzaga.
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Márcia Prates, coralista há 22 anos na UnB, expressa a emoção que ela seu grupo compartilham nessa ida à terras portuguesas: "Queremos trazer um prêmio para o Brasil. Nos preparamos, o ano inteiro, para essa viagem. Nossa expectativa é grande e o coração está sempre cheio de orgulho deste grupo".
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"Brasília é uma cidade que canta. Possui um forte movimento coral. Não temos praia, mas, sim, muitos corais, bandas e músicos talentosos que levam o nome do Brasil para o mundo", destaca Camúzis.
O Coral da UnB teve apoio da Secretaria de Cultura, pelo programa Conexão Cultura, para viabilizar a ida ao festival.
* Estagiária sob supervisão de Manuel Martínez
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