Eleição na OAB-DF

Cléber Lopes narra trajetória profissional e paixão pelo direito

Ao Podcast do Correio, o advogado Cleber Lopes, candidato à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Distrito Federal, contou como saiu do interior de Tocantins para a capital do país e o que o fez se apaixonar pelo direito

 04/11/2024 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF -  PodCast do Correio entrevista o candidato a presidência da OAB-DF Dr. Cleber Lopes. -  (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
04/11/2024 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF - PodCast do Correio entrevista o candidato a presidência da OAB-DF Dr. Cleber Lopes. - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Candidato à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Distrito Federal, Cleber Lopes contou, em entrevista ao Podcast do Correio, como foi a trajetória até se tornar advogado. Às jornalistas Ana Maria Campos e Adriana Bernardes, ele destacou que é um dos oito filhos de lavradores do interior do Tocantins e que veio para Brasília para morar com a irmã mais velha aos 8 anos de idade. "Meus pais trabalhavam em fazendas da região", relatou. Foi em Brasília que ele se apaixonou pelo direito ao ser convocado para atuar em um júri popular no Gama.

Cleber relembra que concluiu o ensino médio em 1990 e não tinha perspectiva de fazer faculdade. No ano seguinte, foi rever os pais na cidade natal, mas, em 1993, incentivado pela irmã, foi para Goiânia em busca de estudos. "Um dia, fui visitar minha irmã no Gama, e ela falou sobre uma universidade em Valparaíso (GO). Disse que eu deveria fazer o vestibular, que ela me ajudaria com a mensalidade e eu poderia pedir o crédito universitário. Foi assim que comecei."

Após conseguir um estágio no Ministério Público, o advogado relatou que optou por mudar para uma instituição no DF por conta do trabalho. "Em 1995, como estudante de direito, fui convocado para ser jurado no Tribunal do Júri do Gama. E foi aí que a advocacia me conquistou. Quando vi aqueles debates, me apaixonei e decidi que era isso o que eu queria", descreveu. "Quando fiz o primeiro júri, percebi que tinha algum talento para aquilo", reforçou.

Filho de peixe...

Mesmo sem induzir os filhos, eles estão seguindo os passos do pai. Cleber disse que a única coisa que ele lhes dizia era para serem felizes e decentes. "Laura, a mais velha, não titubeou quando chegou a época do vestibular", observou. O mais novo não queria fazer direito e rejeitava o curso de todas as formas. "Chegou a passar em agronomia em São Paulo, mas não se encontrou. Tentou economia, passou na primeira fase, mas não na segunda, e resolveu fazer administração aqui. Ficou um ano e meio e, então, decidiu cursar a profissão da família", acrescentou.

As áreas em que os filhos vão atuar ainda não foram definidas. "A Laurinha já está comigo no escritório, já está escrevendo. Aliás, no lançamento da chapa, ela pegou o microfone e fez um discurso caloroso para mais de 3 mil pessoas. Fiquei muito feliz, porque percebo que ela está quase lá ou, se não, está quase pronta. Vejo que ela está muito empenhada, inclusive muito disciplinada e cumpridora das obrigações, que é um requisito fundamental para o advogado", pontuou.

Fazenda

Ainda durante o podcast, Cleber falou sobre como costuma se distrair fora do trabalho. Por ter vivido a primeira infância em uma roça com a família, ele contou que, assim que teve condições suficientes, adquiriu a própria fazenda. "Eu queria visitar minha propriedade, andar a cavalo. Tudo o que eu fazia com meu pai nas fazendas dos outros, queria fazer com meus filhos na minha", destacou. Depois da conquista, os familiares não foram deixados para trás. "Levei meus pais para morar lá. Meu pai dizia a todos que nos visitavam: o maior presente que meu filho me deu foi ter comprado esta fazenda", lembrou.

Ele finaliza dizendo que andar a cavalo é sua grande paixão e, inclusive, que é presidente do grupo de Mangalarga Marchador de Brasília. "Minha diversão é fazer cavalgadas, adoro estar com os amigos; não sou muito de sair de casa e deixar a minha família. Sempre fui assim, sempre me diverti em casa. Chamamos amigos para irem à fazenda, é um lugar que fiz com muito amor e carinho. Se alguém quiser me encontrar nos finais de semana, basta ir lá. Estou com muita saudade, pois já faz dois meses que não vou", detalhou.

Confira a íntegra do Podcast do Correio

*Estagiário sob a supervisão de Ana Maria Campos e Patrick Selvatti

 

 

postado em 05/11/2024 03:00
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