A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) confirmou, nesta sexta-feira (1°/11), mais dois casos de febre maculosa na capital federal. Com isso, o total de casos confirmados no DF chega a cinco.
De acordo com a pasta, os dois novos casos são de um homem e uma mulher, ambos infectados fora do Distrito Federal. Em 2024, foram notificados 76 casos suspeitos, dos quais cinco foram confirmados — dois com infecção adquirida na capital e três fora. Outros 44 casos foram descartados pela equipe técnica da secretaria.
A SES-DF informou o Ministério da Saúde sobre as ocorrências, e 27 casos seguem em investigação.
Febre maculosa
A febre maculosa é uma doença transmitida pela picada do carrapato-estrela, também conhecido como micuim, quando este está infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii. Especialistas apontam que a forma mais eficaz de prevenção é evitar o contato com carrapatos, já que a doença não é transmitida de pessoa para pessoa.
Os carrapatos que transmitem a febre maculosa geralmente parasitam mamíferos como cães, bois, cavalos e capivaras, que podem ser infectados pela Rickettsia. Esses animais mantêm níveis da bactéria em sua corrente sanguínea, infectando carrapatos que se alimentam deles. Uma única fêmea de carrapato infectada pode gerar até 16 mil larvas, todas capazes de transmitir a bactéria.
De acordo com a Secretaria de Saúde, os principais sintomas da febre maculosa incluem febre de início súbito, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, diarreia, dores abdominais e musculares constantes, além de inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e plantas dos pés. Em casos graves, podem ocorrer gangrena nos dedos e orelhas, além de paralisia progressiva, que começa nas pernas e pode avançar até os pulmões, levando à parada respiratória.