FLOR NATIVA

Flor rara do DF está em risco extinção; saiba qual

Conheça um pouco sobre a 'Lobelia brasiliensis', espécie endêmica do DF descoberta em 2019

Se o pinhão é a cara do Paraná e o mandacaru é a cara do nordeste, há também uma planta que é a representação do Distrito Federal: a Lobelia brasiliensis. Além do nome, é uma espécie endêmica do DF, ou seja, só cresce aqui. No entanto, a espécie foi classificada como em risco de extinção pelo Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora).

A planta brasiliense é um subarbusto ornamental que atinge mais de dois metros de altura e apresenta longas hastes floridas com flores roxas. Costuma crescer em solos hidromórficos — solos permanente ou periodicamente saturados de água —, de preferência em brejos, campos e áreas úmidas, como as veredas.

Embora bastante atraente, o cultivo da espécie fora do ambiente natural é complexo, o que dificulta a propagação em áreas distintas.

A Lobelia brasiliensis foi identificada em março de 2019, durante estudos técnicos voltados à criação e recategorização de unidades de conservação na região do Ribeirão Sobradinho.

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Desde então, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) tem conduzido levantamentos sobre a espécie, usando informações de observações realizadas por agentes das unidades de conservação e registros em herbários.

Atualmente, o Ibram está realizando uma campanha de educação ambiental, chamada Biodetetive, para mapear as populações de Lobelia brasiliensis no DF, com um levantamento preliminar feito por agentes de Unidades de Conservação. "Essa iniciativa visa não apenas catalogar a planta, mas também sensibilizar a comunidade sobre sua importância, contribuindo para políticas públicas de conservação", afirmou, em nota, a autarquia ambiental.

Principais ameaças

A urbanização acelerada representa uma das maiores ameaças para a espécie, com impacto direto na drenagem natural e no regime hídrico, aspectos essenciais para a sobrevivência da espécie.

Outro fator que reduz a qualidade do habitat da Lobelia brasiliensis é a substituição da vegetação nativa pelo capim braquiária, o que contribui para a redução das populações.

Ainda é possível encontrar a planta em unidades de conservação

A espécie pode ser encontrada em unidades de conservação no Distrito Federal, como o Parque Ecológico Ezechias Heringer, a Reserva Biológica do Guará, a APA Gama e Cabeça-de-veado, e a Estação Ecológica de Águas Emendadas.

*Estagiária sob supervisão de Pedro Grigori

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