INVESTIGAÇÃO

Crime da 113 Sul: acusação pede novamente prisão de Adriana Villela

Caso está na segunda instância do TJ. Advogados de acusação reiteraram pedido de prisão formulado anteriormente

Os assistentes de acusação do caso conhecido como “Crime da 113 Sul” pediram novamente a prisão de Adriana Villela, condenada em 2019 a 67 anos de prisão pelo assassinato do pai, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, da mãe, Maria Villela e da empregada da família, Francisca Nascimento.

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O caso foi remetido à segunda instância do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) após o juiz do Tribunal do Júri de Brasília Paulo Rogério Santos Giordano declarar-se incompetente para julgá-lo. Agora, a decisão sobre a prisão de Adriana cabe à desembargadora Simone Costa Lucindo Ferreira.

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Na primeira instância, o pedido de prisão apresentado pelos assistentes de acusação também foi endossado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). A solicitação ocorreu após a publicação do acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF) que confirma a possibilidade de execução imediata da pena imposta pelo Tribunal do Júri.

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Em resposta, a defesa de Adriana afirma que ela é inocente e diz que o pedido de prisão é descabido. Os advogados sustentam que a Justiça do DF não tem competência para julgar o caso, uma vez que ainda há recursos pendentes em instância superior que, neste caso, é o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Entenda o caso

Em 28 de agosto de 2009, o ex-ministro José Guilherme Villela, sua esposa, a advogada Maria Villela, e a empregada Francisca Nascimento Silva foram brutalmente assassinados com 73 facadas dentro do apartamento do casal. Os corpos das vítimas foram encontrados em avançado estado de decomposição no dia 31 de agosto daquele ano.

Cerca de um ano após o crime, Adriana Villela e o porteiro do prédio, Leonardo Campos Alves, foram presos. Leonardo confessou inicialmente os assassinatos e indicou a participação de um sobrinho e de outra pessoa. Ambos também confessaram o envolvimento, mas, posteriormente, recuaram, alegando que foram forçados a confessar sob tortura por 24 horas. Mesmo assim, os três acabaram condenados, somando uma pena total de 177 anos de prisão.

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