No debate promovido pelo Correio Braziliense e pela TV Brasília, realizado nessa terça-feira (22/10) com os candidatos à presidência da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), Paulo Maurício Braz Siqueira, o Poli, que conta com o apoio do atual presidente da entidade, Délio Lins e Silva, foi o principal alvo das críticas.
Durante as duas horas de debate, todos os candidatos que se autodenominaram como "oposição" manifestaram-se contrários à atual gestão. Embora houvesse embates diretos com Poli, os candidatos também tiveram confrontos entre si. Em alguns momentos, as discussões se tornaram mais intensas, especialmente envolvendo a advogada Karolyne Guimarães.
A líder da chapa A OAB que eu preciso foi a maior crítica tanto da atual administração quanto das propostas dos demais candidatos, os quais considerou como "panelinhas". Já Cristiane Damasceno, Everardo Gueiros e Cleber Lopes preferiram focar na apresentação de ideias e planos para a OAB-DF, caso sejam eleitos, mas não hesitaram em fazer críticas à atual gestão e aos demais colegas.
Poli, por estar na atual administração da OAB-DF, se defendeu. Em todos os momentos, exaltava o trabalho que a atual gestão realizou ao longo dos últimos anos, salientando que a Ordem trabalhou para defender as prerrogativas dos advogados, o que foi julgado por todos os candidatos ao longo do debate. Em alguns pontos do debate, como forma de se defender, Poli salientou que os rivais estavam "desinformados".
Independência
Quase todos os candidatos foram criticados por seus adversários. Além de Poli, que foi alvo por representar a situação, outro nome bastante visado foi Cleber Lopes, advogado do governador Ibaneis Rocha (MDB) em alguns processos judiciais. Poli questionou se o advogado conseguirá manter independência em relação ao Executivo caso seja eleito presidente. Cleber, por sua vez, defendeu-se ao longo do debate, afirmando que seu trabalho é pautado na independência, tanto em termos profissionais quanto pessoais, e que sua candidatura visa representar os interesses dos advogados do DF.
Outros temas foram trazidos à discussão durante o debate. Um dos poucos pontos de consenso entre os candidatos foi a necessidade de assegurar aos advogados o direito de realizar sustentação oral nos tribunais brasileiros, com destaque para o Supremo Tribunal Federal (STF). Essa foi a bandeira mais defendida por Everardo Gueiros, inclusive.
Outro tema que foi bastante explorado ao longo do debate por Cristiane Damasceno foi a lei de assédio sexual, de autoria da própria advogada, que visa não deixar impunes práticas discriminatórias e de assédio no trabalho.
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