No primeiro bloco do debate, a colunista do Correio Braziliense Denise Rothenburg questionou Cleber Lopes, candidato da chapa "A Ordem com Voz", sobre a posição que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) adotará em relação às críticas que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem recebido tanto de congressistas quanto da sociedade.
Cleber respondeu que sua gestão não adotará uma postura de isenção. Ele destacou que, por imperativo constitucional, a OAB tem o dever de defender o Estado democrático. O candidato criticou a atual gestão, afirmando que a Ordem perdeu a capacidade de diálogo e de ser ouvida, optando pelo isolamento sob o pretexto de independência. “Não tenho dúvidas de que, na minha gestão, teremos plenas condições de agir e reagir em defesa intransigente do estado de direito”, afirmou.
Em seguida, o candidato Everardo Gueiros foi convidado a comentar a resposta de Cleber Lopes. Ele destacou a importância de a Ordem voltar a ser protagonista, assim como foi no passado, e reafirmou a crítica de que a atual gestão tem se mostrado omissa.
Conheça os perfis dos postulantes
No segundo bloco, o candidato Paulo Maurício, conhecido como Poli, da chapa OAB para todos, questionou Cleber sobre o apoio que sua candidatura recebe do Governo do Distrito Federal, liderado por Ibaneis Rocha. Ele perguntou se, em caso de vitória, a chapa A Ordem com Voz defenderá os interesses privados do governador ou os interesses da advocacia.
Cleber se defendeu afirmando que em sua e minha trajetória profissional e pessoal é independente. “Minha história é absolutamente auditável e, durante 25 anos de carreira, não há uma mancha em minha conduta que comprometa minha integridade ou mostre falta de independência. Não é verdade que minha candidatura tenha sido escolhida pelo governador, ela foi escolhida pelos advogados e advogadas do Distrito Federal, que não aceitam mais a omissão e a inércia de uma gestão que não consegue cumprir suas obrigações constitucionais”, esclareceu.
Poli replicou a Cleber, afirmando que as ações falam por si mesmas. Ele lembrou da greve do Judiciário que ocorreu durante a gestão de Ibaneis como presidente da Ordem, destacando: “Ibaneis não fez nada, pois era advogado do sindicato.”
O candidato dos Laranjas criticou o grupo verde, alegando que se omite em suas responsabilidades e prioriza interesses pessoais, em vez de defender a sociedade e a advocacia. “Sua candidatura foi escolhida pelo governador, como foi amplamente noticiado. A independência não pode ser apenas um discurso”, afirmou Poli.
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