A importância de aproximar a sociedade da ciência foi tema do CB.Saúde — parceria entre o Correio e a TV Brasília — desta quinta-feira (17/10). Às jornalistas Sibele Negromonte e Mila Ferreira, a pesquisadora na área de divulgação científica em saúde na Fundação Oswaldo Cruz — Fiocruz Brasília — Fernanda Marques falou sobre como a fundação tem atuado nas escolas do DF e de diversos programas com objetivo de atrair a nova geração para essa área.
Fernanda comentou que o processo de aproximação da ciência com a sociedade é fundamental, inclusive, para o combate ao negacionismo e às fake news. “A ciência precisa estar junto com a sociedade, pois é parte dela. Várias ações da Fiocruz, como jogos, oficinas, convite para as escolas visitarem a fundação e as visitas às escolas, fazem parte de uma grande estratégia de divulgação científica, que é uma parte da ciência, já que ciência é produzir conhecimento”, completou.
A pesquisadora destaca que a ciência só é eficiente quando o conhecimento é passado adiante. ”Não adianta produzir conhecimento e deixá-lo guardado numa dissertação ou tese que ninguém vai ler ou acessar", disse. Para Fernanda, fazer esse conhecimento circular, não só entre os chamados pares, que são outros pesquisadores, mas em toda a sociedade, é essencial, pois todo mundo pode contribuir. "Se a pesquisa começa com uma pergunta ou problema, a sociedade pode ajudar desde o início, não só conhecendo os resultados, mas também ajudando a formular essas perguntas", ressaltou. A pesquisadora acredita que essa aproximação entre ciência-sociedade é crucial, desde o começo, para alcançar o bem-estar social e melhores condições de vida, com equidade e combate às desigualdades sociais.
Ela também destacou a importância das escolas no processo de divulgação científica. De acordo com Fernanda, os programas da Fiocruz, no campo da divulgação científica, têm uma abrangência nacional, com presença no DF e em vários estados do Brasil, e sede no Rio de Janeiro. A instituição participa de iniciativas como a Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente, que incentiva escolas a desenvolverem projetos de ciência, e o programa Mais Meninas na Ciência, que busca abrir oportunidades no campo científico. A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que ocorre de 14 a 18 de outubro, também é uma dessas oportunidades. "Esses programas aproximam o público escolar e a sociedade em geral da ciência, promovendo uma ciência mais participativa e dialógica”, assinalou.
“As escolas podem participar, principalmente as públicas, com a grande parceira sendo a Secretaria de Educação do DF é uma grande parceira, mas as particulares também são bem-vindas", comentou. Para conhecer mais, a Fiocruz convida todos a acessarem o Instagram (@fiocruzbrasilia). A partir desse contato, a instituição realiza um trabalho quase artesanal, ajustando as oficinas às necessidades específicas de cada escola, considerando questões como dengue ou baixa cobertura vacinal, por exemplo. Esse processo pode envolver jogos, exposições ou oficinas adaptadas à realidade de cada território. "Embora pareçam ações menores por atingirem inicialmente apenas uma turma, elas têm grande potencial de multiplicação na comunidade e em outras escolas, reforçando a importância desse trabalho artesanal na divulgação científica”, completou.
Veja a entrevista completa
* Estagiário sob a supervião de Eduardo Pinho
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