Comércio

Dia das Crianças promissor para os comerciantes do Distrito Federal

Sindivarejista prevê que as vendas para a data, que se celebra no sábado, cresçam, em média, 15,34% em comparação a 2023

Os empresários do setor do comércio do Distrito Federal estão animados com as vendas relacionadas ao Dia das Crianças. Uma pesquisa do Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista-DF), divulgada nesta terça-feira (8/10), que ouviu 809 consumidores, aponta que os negócios motivados pela data — 12 de outubro — deverão crescer em 15,34%, na região, em relação a 2023. Além disso, de acordo com o levantamento, a média de gastos dos clientes ficará em torno dos R$ 101,69.

O presidente do Sindivarejista-DF, Sebastião Abritta, disse que os brinquedos representarão 53,3% das intenções de compra, seguidos de roupas e calçados, com 41%. "Mais da metade dos entrevistos na pesquisa (63,2%) já realizaram suas compras para a data, e 68,1% dos consumidores pretendem comprar mais de um presente", acrescentou.

Outro levantamento, dessa vez do Instituto da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Instituto Fecomércio-DF), mostrou que 56% dos empreendedores projetam aumento nas vendas em comparação ao mesmo período comemorativo do ano passado. A expectativa é de que a data movimente R$ 261,7 milhões na economia local, de acordo com a entidade.

No Centro Comercial Mercado Norte, em Taguatinga, em uma das lojas do local, Djalma Pereira, 61 anos, se divide entre os atendimentos a clientes e a organização do faturamento. Com a celebração do sábado — quando também se homenageia Nossa Senhora Aparecida — ele espera lucrar até 5% a mais que no ano anterior, quando sua receita foi de R$ 140 mil, aproximadamente. "É um valor considerado bom, visto que temos um custo operacional baixo", comentou.

Saber agradar

Segundo Pereira, os brinquedos abaixo de R$ 100 são os mais procurados em seu estabelecimento, como bonecas, carrinhos de controle remoto. "Muitas famílias também buscam jogos e brinquedos pedagógicos, para exercitar a memória, a cognição e conhecimentos gerais da criança. Aquelas de 10 a 12 anos são as mais difíceis de presentear, pois são exigentes e tendem a procurar presentes ligados a tecnologias, como tablets e celulares", comenta.

Manter os pequenos longe das telas é um dos pré-requisitos que Maria Aparecida Amaral, 61, e Emily Amaral, 29 — mãe e filha, respectivamente — mais levam em conta na hora de escolher os presentes para os quatro afilhados e sobrinhos, uma turminha com idades entre seis meses e cinco anos. "Procuramos algo mais educativo e que nos permita interagir com eles. Também evitamos objetos que atribuam um gênero aos brinquedos, definindo-os como de menino ou de menina. Outro objetivo, claro, é encontrar presentes dentro do nosso orçamento", detalhou Emily, que é social media.

Comprar brinquedos no centro de Taguatinga é uma tradição para a família Amaral. "Em shoppings é sempre tudo muito caro", considerou a mais jovem da dupla. Neste ano, ela e Maria Aparecida pretendem gastar até R$ 50 por criança. "Os preços estão dentro da média que esperávamos. Vejo que alguns itens são mais baratos pela internet, mas prefiro comprar pessoalmente. Gosto de pegar, avaliar e já sair com o embrulho nos braços", completou a professora aposentada.

Atrasadinhos

Em outro estabelecimento de brinquedos, também em Taguatinga, o gerente, José Aparecido, 32, disse ao Correio que, este ano, a expectativa é que, até sábado, o movimento aumentará significativamente. "Normalmente, entramos em outubro com uma procura grande por brinquedos. Desta vez, (os clientes) estão deixando para a última hora", analisou.

A meta, para o gerente, é faturar 50% a mais que em 2023. "Fizemos um investimento bem maior neste ano, então, esperamos um lucro proporcional. Apesar de ainda estar um pouco devagar, estamos confiantes", contou. Para aqueles compradores que adquirem grandes quantidade, principalmente para doá-las, as opções preferidas são bolas, carrinhos e bonecas simples. Por outro lado, entre os que vão acompanhados dos filhos, a procura maior é por bicicletas, robôs, velocípedes e conjuntos de cozinha de brinquedo. "A média de valor dos produtos gira em torno dos R$ 30 a R$ 60", comentou.

A autônoma Diana Lira, 39, contou ao Correio que pretende comprar brinquedos para 80 crianças que vão à igreja que frequenta. "A ideia é fazer pequenos kits com doces e presentes simples, como bolas, massinhas de modelar e aqueles brinquedos que fazem bolhas de sabão", revelou, acrescentando que pretende gastar até R$ 7 por item.

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