A estudante de enfermagem Evelyn de Moura Oliveira, 18 anos, foi uma das várias habitantes do DF que tiveram dengue e temerem pela vida. Ela contraiu a arbovirose em março, quando os registros da doença eram altos. Moradora da Vila Telebrasília, nunca havia sofrido com a enfermidade. "Senti uma dor insuportável nas costas, tive febre de 38,5 graus e, no dia seguinte, apareceram várias manchas pelo meu corpo", lembrou. O último sintoma foi responsável por trazer o pânico e fazê-la pensar que morreria.
Ela buscou atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) onde foi informada que seu caso não era grave. A moça também viu seus irmãos, de 9 e 16 anos serem infectados. Todos se recuperaram e, para evitar passar novamente pelo sufoco, retiraram as plantas de casa e passaram a inspecionar baldes e latas que podem servir de "berçário" para o inseto transmissor.
Em São Sebastião, a doença vitimou a cuidadora de crianças Patrícia Monteiro, 51. Ela apresentou os sintomas em janeiro e, segundo a nora, Lueny Vieira, 27, o quadro acabou evoluindo para dengue hemorrágica. Patrícia chegou a apresentar melhoras, mas logo ficou mal e faleceu.
Após a perda, a família decidiu mudar de hábitos em casa. "Nós sempre usamos repelentes e dedetizamos a casa. Além de conferir se está tudo limpo e livre de água parada", relatou Lueny.
Também em São Sebastião, a doença fez mais uma vítima. Com quase metade da idade de Patrícia, Celso Lopes faleceu aos 26 anos, quatro dias após o surgimento dos primeiros sintomas. O estilo de vida dele? Saudável. Lopes praticava musculação, pedalava e corria.