Homofobia

Casal afirma ter sido vítima de agressões e homofobia em bar de Ceilândia

A vítima relata que ele e o namorado foram empurrados para o banheiro e agredidos. O estabelecimento se posicionou oferecendo colaboração com a investigação policial para que os agressores sejam punidos

Um casal afirma ter sido vítima de uma série de agressões e homofobia em um bar de Ceilândia Sul. O caso ocorreu na noite de segunda para terça-feira (1/10), quando Bruno Miranda, de 24 anos, e seu namorado, Luis Carlos Gomes,24, aproveitavam um momento de lazer com amigos no estabelecimento.

Bruno relata que o incidente começou quando um homem puxou conversa com o casal e, logo em seguida, uma discussão teve início. "Os amigos dele nos empurraram para o banheiro e começaram a nos agredir", contou Bruno. "Levamos socos, chutes, e chegaram a pisar em nossos rostos. Eu desmaiei e precisei ser levado de ambulância", detalhou.

Ainda de acordo com a vítima, durante o ataque, o celular de seu namorado foi roubado. Além disso, os seguranças e funcionários do estabelecimento não prestaram nenhum auxílio. "Se meus amigos não tivessem ido parar as agressões, eu teria apanhado até a morte", afirmou Bruno.

Ele também informou que conseguiu identificar um dos agressores e registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (DECRIN). O casal pede que a justiça seja feita, com os agressores identificados e presos.

Material cedido ao Correio -
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Posição do Bar

O bar publicou uma nota de esclarecimento sobre o ocorrido. "A equipe jurídica do Original Eskina Bae vem, com muito respeito, manifestar-se sobre o caso envolvendo Bruno Miranda, ocorrido na noite de 30 de setembro de 2024. Como mencionado pela própria vítima, o Eskina Bae é um ambiente pacífico e de convivência harmoniosa, onde não toleramos nenhum tipo de discriminação contra nossos clientes. O incidente com Bruno foi totalmente fora da realidade do bar, que costuma receber diversos públicos, incluindo LGBTQIA+," esclareceu o estabelecimento.

Ainda segundo o bar, foi solicitado o apoio da Polícia Militar e de uma ambulância do SAMU para prestar o atendimento hospitalar de forma mais ágil. "É importante destacar que a pessoa identificada como 'Jhonatan' pela vítima não faz parte da nossa equipe. Estamos prontos para colaborar com toda a investigação policial para que os agressores sejam punidos", afirmou o comunicado.

"O Original Eskina Bae, como todos, deseja justiça diante dos fatos e fará tudo ao seu alcance para que os agressores sejam responsabilizados criminalmente por seus atos. Não toleraremos nenhum tipo de homofobia e sempre apoiaremos a causa. O Original Eskina Bae lamenta profundamente o ocorrido e, em compromisso com nossos clientes, entramos em contato com a vítima e nos colocamos à disposição para oferecer suporte jurídico, hospitalar e psicológico. Estamos abertos para mais esclarecimentos", concluiu a nota.

Repercussão

Após a publicação de Bruno relatando o caso, o deputado distrital Fábio Félix (PSOL) se manifestou, lamentando a situação. "Lamento profundamente que você e seu namorado tenham sido vítimas dessa agressão covarde e criminosa, Bruno. A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) está à disposição de vocês para que possam registrar a denúncia e cobrar dos órgãos competentes a devida investigação e responsabilização dos agressores. Todo apoio e solidariedade do nosso mandato neste momento tão difícil", declarou o parlamentar.












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