FEMINICÍDIO

Corpo de vítima de feminicídio será velado nesta quarta-feira (2/10)

Paloma Jenifer Santos Ferreira foi assassinada com um tiro no peito disparado pelo namorado, que foi preso e está internado em uma unidade de saúde após se machucar durante a tentativa de fuga. O crime aconteceu na Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires, nessa segunda-feira (30/9)

O corpo de Paloma Jenifer Santos Ferreira, vítima de feminicídio, será velado na tarde de quarta-feira (2/10), em Taguatinga. Aos 26 anos, a jovem foi assassinada nessa segunda-feira (30/9), na Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires, com um tiro no peito. O disparo foi feito pelo namorado, identificado como Franco William de Lima Macedo, 32, com quem Paloma tinha uma filha, de 4 anos, que estava na escola no momento do assassinato. 

A vítima não morava com o suspeito, mas os dois se encontravam quase diariamente. Este é o 15º caso de crime por questão de gênero registrado este ano no Distrito Federal, de acordo com o Painel do Feminicídio, da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF).

O crime

Após matar Paloma, Franco William foi para a casa do pai e, em seguida, dirigiu-se à residência de amigos em Taguatinga, onde foi encontrado e preso. A arma utilizada no crime foi localizada entre dois pneus de um veículo em uma borracharia próxima à casa dos amigos do suspeito. Segundo o delegado Pablo Aguiar, os investigadores chegaram até Franco por meio de uma denúncia anônima. O pai dele colaborou com as autoridades, fornecendo informações sobre o crime.

Na casa dos amigos, ao perceber a chegada dos policiais, Macedo tentou escapar. "Ele pulou a janela, mas foi capturado no quintal. Os policiais notaram que ele mancava da perna direita. Acreditamos que, durante a fuga para Taguatinga, ele torceu o tornozelo", explica o delegado. Por também ter fraturado o pulso, Franco William foi internado no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), onde está sob escolta policial. 

Na delegacia, ele afirmou que não tinha a intenção de matar Paloma, alegando que o disparo foi acidental, enquanto manuseava a arma. "Nós o confrontamos, pois tínhamos provas de que houve uma discussão antes do crime. Ele se calou e disse que não falaria mais nada, apenas afirmou que amava a vítima e não queria tirar a vida dela. No entanto, acreditamos que o disparo não foi acidental. Em um momento de raiva, ele matou a vítima, que estava indefesa. Foi um crime brutal", detalhou o delegado, durante coletiva de imprensa na noite dessa segunda-feira (30/9).

Além de ser autuado por feminicídio, Macedo também foi indiciado por tráfico de drogas. Na casa onde ocorreu o crime, os policiais encontraram cocaína e uma balança de precisão, o que indica que ele, possivelmente, realizava a venda de entorpecentes na região.

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