ICMBio

Filhotes de quati abandonados no Parque Nacional apresentam melhoras

Animais foram encontrados desidratados e com temperatura corporal baixa, Eles estão sob cuidados intensivos em centro de reabilitação


Filhotes de quati são atendidos no Hfaus, após serem encontrados durante um serviço de poda preventiva no Parque Nacional  -  (crédito: Matheus H. Souza/Agência Brasília)
Filhotes de quati são atendidos no Hfaus, após serem encontrados durante um serviço de poda preventiva no Parque Nacional - (crédito: Matheus H. Souza/Agência Brasília)

Quatro filhotes de quati foram encontrados ao relento e desidratados, no Parque Nacional, por funcionários do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Os animais, que estavam sem os pais por perto — algo incomum para a espécie, dado que as crias são muito novas — foram levados, sexta-feira passada (25/10) ao Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre (Hfaus). Na instituição, que divulgou a informação ontem (29/10), receberam cuidados intensivos e uma dieta especialmente formulada por um zootecnista. Com isso eles têm se recuperado.

De acordo com o biólogo responsável pelo manejo dos pacientes do Hfaus, mantido pelo Governo do Distrito Federal (GDF), Thiago Marques, os filhotes estão bem melhores. “Toda a equipe cuida 24h por dia deles, que são alimentados a cada três horas. O próximo passo é acompanhar o desenvolvimento, e, assim que eles começarem a se alimentar sozinhos e sem o auxílio de mamadeira ou seringa, serão encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), onde será definida a destinação deles”,  contou o biólogo.

Preservação

O representante do hospital veterinário alertou que animais da fauna silvestre não devem ser tratados por pessoas que não sejam preparadas para lidar com espécies não domesticadas. O ideal, segundo ele, é sempre é acionar os órgãos públicos ambientais e o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPMA) pelo telefone 190. Outra opção, disse Marques, é o Corpo de Bombeiros Militar do DF pelo telefone 193.

Por outro lado, o biólogo comentou que há muito preconceito com os saruês. Muitos desses espécimes chegam ao hospital com machucados por seres humanos. “A gente sempre destaca: as pessoas têm que ter mais de carinho com esses animais. Infelizmente, alguns não sobrevivem porque chegam em uma condição que a gente não consegue reverter", lamentou.

*Informações da Agência Brasília

postado em 30/10/2024 18:59
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