A Justiça do Distrito Federal manteve a prisão do ex-presidente do diretório do Partido dos Trabalhadores no DF (PT-DF) Wilmar Lacerda, preso na quinta-feira (24/10) sob suspeita de pedofilia.
Lacerda foi submetido a audiência de custódia, e a prisão foi mantida em preventiva. Ele se tornou alvo da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) após investigações sobre a contratação de menores de idade para programas sexuais.
Durante cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados a um empresário, agentes encontraram, no celular do investigado, mensagens trocadas com Lacerda que indicam seu envolvimento nos crimes. Uma das menores envolvidas tem apenas 13 anos.
- Leia também: Ex-presidente do PT-DF, Wilmar Lacerda é preso por suspeita de pedofilia
- Leia também: PT afasta ex-presidente Wilmar Lacerda após prisão por suspeita de pedofilia
As investigações revelaram que o empresário investigado fazia pagamentos para a contratação das adolescentes. O inquérito é conduzido pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) como parte da Operação Predador. O caso tramita sob sigilo judicial.
A defesa de Wilmar Lacerda afirmou que o cliente foi surpreendido com o mandado de prisão, o que consideraram “equivocadas premissas e em fantasiosas deduções”.
“Claramente, a peça policial induz a erro o juízo criminal ao imputar ao sr. Wilmar Lacerda suposta periculosidade relacionada a fatos pretéritos já apreciados pelo Poder Judiciário e nos quais já houve a sua declaração de inocência, ancorando a ordem de prisão preventiva em tal frágil e equivocada”, disse a defesa do petista.
Afastamento
Por determinação do presidente do PT-DF, Jacy Afonso, Wilmar Lacerda foi afastado de suas funções no partido.
Segundo o partido, o petista permanecerá afastado até que sejam esclarecidas as graves acusações contra ele. O líder do PT na Câmara Legislativa (CLDF), Chico Vigilante, emitiu nota pedindo o afastamento de Lacerda, o que foi acatado pela direção do partido.
“Reitero meu compromisso em lutar contra qualquer tipo de crime que viole os direitos humanos, e ressalto que é fundamental que o processo judicial seja conduzido de forma justa e transparente, assegurando a apuração completa dos fatos”, salientou Vigilante, por nota.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br