O advogado Cleber Lopes, líder da chapa A Ordem com Voz, que disputa a presidência da OAB-DF, foi o convidado do CB.Poder — parceria entre o Correio e a TV Brasília — desta quinta-feira (24/10). Aos jornalistas Ana Maria Campos e Carlos Alexandre de Souza, ele falou sobre seu projeto de diminuição da taxa de anuidade para os advogados do DF e sobre os pontos de melhora que considera urgentes na OAB-DF .
Cleber Lopes destacou que a proposta de redução da anuidade é fundamental para a realidade da advocacia no Distrito Federal, onde muitos advogados, especialmente os iniciantes, enfrentam dificuldades financeiras. Para ele, embora a anuidade seja uma das mais baratas do país, ainda assim é um desafio para aqueles que estão começando. A gestão atual já oferece um programa de incentivo para advogados com até cinco anos de inscrição, que proporciona uma gradação de valores.
“Minha proposta é aumentar esse benefício com um desconto adicional de 25%, estendendo-o também para advogados com seis a 10 anos de inscrição. Isso se baseia em um estudo que realizamos sobre as finanças da OAB, que possibilitou otimizar o orçamento e garantir essa redução sem comprometer a saúde financeira da instituição", enfatizou.
Sobre a proximidade com o governador Ibaneis Rocha, o advogado ressaltou que uma boa relação entre a Ordem e o GDF é benéfica para a advocacia. "Estarei em posições importantes, colaborando com o governador e mantendo minha autonomia", disse o canditado.
Quando questionado sobre como equilibrar a carreira de sucesso como advogado com a presidência da OAB-DF, o candidato argumentou que pretende diminuir a atuação direta no seu escritório ao assumir a presidência da Ordem, pois tem uma equipe qualificada que dará continuidade ao trabalho no escritório. “Meu foco será na presidência, evitando o isolamento institucional e mantendo a conexão com as necessidades da advocacia”, completou.
Programas
Lopes reconhece que existem programas da OAB que precisam ser melhorados, como a advocacia dativa, que enfrenta desafios na execução do orçamento e na convocação de advogados credenciados. "O presidente da OAB deve promover um diálogo ativo com o tribunal para ressaltar a importância desse programa", falou.
"O programa de Residência Jurídica, embora tenha uma boa intenção, é mal executado, pois os estudantes ficam em escritórios por 60 dias sem remuneração, gerando uma falsa sensação de apoio." Para melhorar essas iniciativas, o candidato planeja reestruturar a Fundação de Assistência Judiciária (FAG) e integrar a ela a advocacia dativa, promovendo um diálogo efetivo com as instituições e o governo para garantir eficácia orçamentária.
Veja a entrevista completa
*Estagiário sob a supervisão de Eduardo Pinho
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