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Aliados e opositores avaliam debate com candidatos à presidência da OAB-DF

Correio e TV Brasília colocaram frente a frente os cinco candidatos à presidência da OAB no Distrito Federal. Integrantes da chapa disseram que o evento foi positivo. Eleição está marcada para 17 de novembro

 A eleição para decidir o novo ou nova presidente da Ordem está marcada para 17 de novembro -  (crédito: Minervino Junior/CB)
A eleição para decidir o novo ou nova presidente da Ordem está marcada para 17 de novembro - (crédito: Minervino Junior/CB)

O debate entre os candidatos à presidência da OAB-DF, realizado pelo Correio e pela TV Brasília, na terça-feira (22/10), serviu para aquecer os ânimos na disputa pela Seccional do Distrito Federal (OAB-DF). Com cinco chapas na corrida, o consenso entre os integrantes que compõem as candidaturas foi de que o evento cumpriu bem o papel de esclarecer as propostas aos mais de 41 mil advogados aptos a votar. A eleição para decidir o novo ou nova presidente da Ordem está marcada para 17 de novembro.

Nos bastidores, era esperado que Paulo Maurício Siqueira, o Poli, que carrega o apoio de Délio Lins e Silva Júnior, presidente da entidade, fosse o alvo preferencial das críticas, tendo em vista que os próprios adversários se autodenominam como "oposição" da atual gestão. À reportagem do Correio, um representante de cada chapa avaliou o desempenho do próprio candidato, além de comentar a atuação de seus rivais na corrida pela presidência da Ordem.  

 

  • Cristiane Damasceno tem Alexandre Queiroz como vice
    Cristiane Damasceno tem Alexandre Queiroz como vice Arquivo pessoal
  • Antônio Gomes, vice na chapa de Karolyne Guimarães
    Antônio Gomes, vice na chapa de Karolyne Guimarães Divulgação
  • Rute Raquel é a vice da chapa do Everardo Gueiros à presidência da OAB-DF
    Rute Raquel é a vice da chapa do Everardo Gueiros à presidência da OAB-DF Divulgação
  • Gisele Reis é a vice na chapa de Cléber Lopes
    Gisele Reis é a vice na chapa de Cléber Lopes Divulgação
  • Renata Amaral, com o candidato Poli e o atual presidente, Delio Lins e Silva Jr.
    Renata Amaral, com o candidato Poli e o atual presidente, Delio Lins e Silva Jr. Divulgação

A advogada Rute Raquel, vice-presidente da chapa Coragem para mudar, destacou o comprometimento de Everardo Guedes, o Vevé, com a advocacia, elogiando sua segurança e preparo para lidar com os desafios enfrentados pela classe nos últimos anos. Segundo Rute, "Everardo conhece de perto as dificuldades da profissão" e quer resgatar a essência do exercício da advocacia, "sem interesses além de apoiar advogados, sejam jovens ou mais experientes".

Em relação aos concorrentes, Rute avaliou que Poli se limitou a defender a atual gestão, sem apresentar novidades. "Foi mais do mesmo, com propostas repetidas desde 2018", comentou. Sobre os demais candidatos, ela elogiou suas trajetórias, mas apontou falta de firmeza nas propostas de Cleber Lopes, por estar distante da advocacia de base, e criticou Cristiane Damasceno pela falta de resultados práticos, mesmo após anos dentro da instituição. Já Karolyne Guimarães, na visão de Rute, mostrou-se desconectada da realidade dos advogados do Distrito Federal.

Troca de ideias

Gisele Reis, vice-presidente da chapa A Ordem com Voz, destacou a tranquilidade e preparo de Cleber Lopes. Para ela, Cleber foi um dos candidatos mais equilibrados, cumprindo as regras do debate e se saindo bem nas perguntas e respostas. "Ele foi de uma educação incrível e se mostrou preparado para liderar a Ordem", avaliou Gisele.

Sobre os demais candidatos, Gisele considerou que Everardo Gueiros fez uma boa abordagem ao apontar o distanciamento dos advogados em relação à atual gestão. Ela também elogiou Cris Damasceno como uma profissional competente, mas criticou a falta de projetos apresentados durante o debate. Em relação a Karolyne Guimarães, Gisele disse que sua postura foi mais hostil, o que não a favoreceu. Já Poli, segundo Gisele, evitou responder questões de interesse da classe.

Defesa

Renata Amaral, integrante da chapa OAB para Todos e aliada de Poli, defendeu a gestão atual, liderada por Délio Lins e Silva. Para ela, a candidatura de Poli se baseia em um trabalho sólido e criticou a oposição por surgir apenas no período eleitoral. "Criticar a gestão mais exitosa da OAB não é tarefa fácil", disse Renata, apontando que Poli tem o projeto mais preparado e guiado por uma visão plural.

Já sobre os rivais de Poli no debate de terça-feira, Renata considerou que existiu falta de conhecimento dos advogados sobre o sistema OAB e a ausência, por parte de alguns candidatos, de propostas e projetos que de fato "possam enfrentar e solucionar os principais desafios que a advocacia, notadamente as colegas iniciantes". "A participação do Poli confirmou o que já sabíamos: ele é o mais preparado, com projeto sólido, construído de maneira colaborativa e guiado por uma visão plural", concluiu a conselheira federal.

Críticas

Por outro lado, Antônio Gomes, vice-presidente da chapa A OAB que eu preciso, avaliou que a participação de Karolyne Guimarães no debate foi uma estratégia que demonstrou o compromisso da candidata com a mudança de postura da Ordem. Para ele, Karolyne causou impacto, deixando os outros candidatos desconfortáveis com as perguntas.

Sobre Poli, Antônio criticou uma suposta postura evasiva diante das questões mais críticas, enquanto Cleber Lopes e Cris Damasceno, na sua visão, não apresentaram propostas concretas. Everardo, por sua vez, foi acusado de propor um projeto extremista e alinhado com a "velha política" que, segundo Antônio, beneficia a elite. "O mais importante para todo e qualquer candidato em eleição é pedir voto. E a única que fez, humildemente, e o tempo todo, foi a Karol", completou.

Postura

Alexandre Queiroz, vice-presidente da chapa Inovar a Ordem, destacou a postura de Cris Damasceno no debate, elogiando seu equilíbrio e firmeza, mesmo diante de provocações. Para Queiroz, a candidata demonstrou solidez ao longo do debate. "Ela manteve o equilíbrio, não atacou ninguém e respondeu de forma clara. Cris conhece como poucos o sistema da Ordem", afirmou.

Sobre Poli, Queiroz criticou o candidato da situação por apresentar um cenário que, segundo ele, não reflete a realidade da advocacia local. Ele também disse o grupo de Poli "não confia ou não quer dar espaço para mulheres". Quanto aos demais candidatos, o grupo considerou a participação de Cleber Lopes evasiva e sem contundência nas respostas, e apontou que Everardo Gueiros não transmitiu confiança nas suas promessas. Karolyne Guimarães, na visão de Queiroz, limitou-se a atacar os outros candidatos, sem apresentar propostas concretas.

A eleição

O novo ou a nova presidente da OAB-DF terá o nome anunciado em 17 de novembro, após a contagem dos votos que serão dados em uma eleição exclusivamente pela internet, que ocorrerá das 10h às 18h. No total, cinco chapas, que puderam fazer seus registros até a última sexta-feira, concorrem ao cargo. A vencedora será a que obtiver a maioria.

A Seccional do Distrito Federal foi pioneira na implementação do sistema on-line, que estreou em 2021. Naquele ano, 29.572 advogados participaram, número que representa 81,29% dos eleitores aptos. A chapa vencedora recebeu 12.328 votos válidos, 41% do total.

 

As chapas

OAB PARA TODOS

Cor: laranja

Número: 01

Presidência: Paulo Maurício Siqueira, o Poli

Vice: Roberta Queiroz

A ORDEM COM + VOZ

Cor: verde

Número: 10

Presidência: Cléber Lopes

Vice: Gisele Reis

CORAGEM PARA MUDAR

Cor: azul

Número: 20

Presidência: Everardo Gueiros

Vice: Rute Raquel Vieira Braga

INOVAR A ORDEM

Cor: azul tiffany e fuxia

Número: 33

Presidência: Cristiane (Cris) Damasceno

Vice: Alexandre Queiroz

A OAB QUE EU PRECISO

Cor: preto e branco

Número: 99

Presidência: Karolyne (Karol) Guimarães

Vice: Antônio Gomes

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postado em 24/10/2024 03:00
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