Eleições OAB

Debate da OAB-DF aborda 8 de janeiro e eleições do Conselho Federal

O debate ocorre na noite desta terça-feira (22/10) e reúne os cinco candidatos para a presidência da OAB-DF

Correio Braziliense e a TV Brasília promovem debate com os candidatos das cinco chapas inscritas para a eleição da OAB 2024 -  (crédito:  MINERVINO JUNIOR                    )
Correio Braziliense e a TV Brasília promovem debate com os candidatos das cinco chapas inscritas para a eleição da OAB 2024 - (crédito: MINERVINO JUNIOR )

Os atos antidemocráticos do 8 de janeiro de 2023 na capital federal foram abordados no debate das eleições para a Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF), promovido pelo Correio Braziliense e TV Brasília na noite desta terça-feira (22/10). O candidato da chapa "OAB Para Todos", Paulo Maurício Siqueira, o Poli, comentou as ações tomadas pela entidade para garantir a ordem. 

No primeiro bloco do evento, a jornalista Ana Maria Campos questionou Poli sobre as ações tomadas pelas OAB nacional e do DF quanto aos ataques às sedes dos Três Poderes nacionais. Ele afirmou que, desde o primeiro momento, a diretoria se reuniu para defender as prerrogativas dos advogados atuantes e as dos que haviam sido presos acusados de alguma participação no vandalismo. “Fizemos um trabalho árduo para fazer com que a OAB-DF se fizesse presente. No dia 8, iniciamos contatos com as autoridades. No dia 9, convocamos uma sessão para que o conselho se posicionasse sobre as ações que se precisavam (tomar) e, ali, identificamos situações graves, como a notícia de crianças no departamento da Polícia Federal”, relatou.

A candidata da chapa "A OAB Que Eu Preciso", presidida por Karolyne Guimarães, comentou a resposta de Poli, alegando que a OAB-DF tem a “conveniência de um avestruz”. “Ela (OAB-DF) tira e coloca a cabeça quando quer, mas esquece que todos estão vendo aquele rabo do lado de fora. Tivemos advogados com tornozeleira e sem acesso a inquéritos policiais”, acusou.

Na réplica, o concorrente justificou o posicionamento da adversária como um desconhecimento das ações tomadas. “Estivemos no presídio para garantir que os advogados fizessem atendimento a todas as partes. Nós fomos os que garantimos que (os detidos) tivessem a mínima dignidade das pessoas presas. Foi a  OAB quem fez com que o processo penal, minimamente, acontecesse com as audiências de custódia”, defendeu.

Eleições diretas

No segundo bloco, o candidato Everardo Gueiros, presidente da chapa Coragem Para Mudar, perguntou a Poli sobre o posicionamento dele quanto às eleições diretas para a presidência do Conselho Federal. Em resposta, ouviu que a votação foi feita para que haja a reforma do processo eleitoral de modo a que haja maior participação democrática dos advogados. 

“Encaminhamos  ao Conselho Federal a posição da OAB-DF de que é preciso evoluir para que tenhamos, cada vez mais, o processo democrático na nossa escolha de todos os cargos da OAB. É o que defendemos. De uma forma paritária, que todos participem, mas que tenha a representatividade do federalismo, a possibilidade do advogado do Acre e de Rondônia (, por exemplo,) também terem vez e voz. Não só São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que têm os maiores colégios eleitorais. É um sistema complexo e um assunto que deve ser debatido sem o calor de  discussões partidárias”, frisou.

A eleição

O novo ou a nova presidente da OAB-DF terá o nome anunciado em 17 de novembro, após a contagem dos votos que serão dados em uma eleição exclusivamente pela internet, que ocorrerá das 10h às 18h. No total, cinco chapas, que puderam fazer seus registros até a última sexta-feira, concorrem ao cargo. A vencedora será a que obtiver a maioria.

A Seccional do Distrito Federal foi pioneira na implementação do sistema on-llne, que estreou em 2021. Naquele ano, 29.572 advogados participaram, número que representa 81,29% dos eleitores aptos. A chapa vencedora recebeu 12.328 votos válidos, 41% do total.

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postado em 22/10/2024 22:06 / atualizado em 23/10/2024 11:20
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