Com os aguaceiros caindo pelo DF, é possível que a situação cause transtornos aos moradores da região. Em entrevista exclusiva ao Correio, o secretário de Obras e Infraestrutura, Valter Casimiro, explicou o que está sendo feito para diminuir os eventuais problemas aos brasilienses. O gestor alertou sobre alguns pontos críticos, principalmente em locais onde há obras em andamento, como na Asa Norte, no Sol Nascente, no Vicente Pires e, em Taguatinga, na avenida Hélio Prates.
Na área central do DF, Casimiro lembrou que a construção do Drenar-DF está em conclusão, por isso, o sistema ainda não está drenando as águas das chuvas que caem naquele ponto da capital federal. "Só podemos colocar o sistema para funcionar quando tudo estiver 100% concluído", ressaltou. "Essa primeira etapa vai funcionar para esse período de chuvas, com certeza, só não para este primeiro momento. A previsão de conclusão é para o fim do ano. Com isso, o sistema começará a suportar as chuvas a partir de janeiro", previu o secretário.
Em relação ao Sol Nascente, ele disse que toda a parte da drenagem está interligada e em funcionamento, porém, estão sendo abertas mais bocas de lobo para dar maior vazão às águas pluviais. "Onde está aberto para a drenagem, mas não deu tempo de pavimentar (esse local específico), estamos colocando um material mais grosso e menos derrapante, para diminuir os transtornos e melhorar a trafegabilidade", detalhou.
O mesmo, segundo o secretário de Obras, está ocorrendo na Avenida da Misericórdia, em Vicente Pires. "Concluímos, hoje (ontem), a drenagem no local e vamos começar a abrir as bocas de lobo da via. Os serviços devem ficar prontos em uma semana", disse. Na Hélio Prates, Valter Casimiro pontuou que as equipes irão abrir, pelo menos, mais 10 bocas de lobo. "Ampliamos a quantidade com a obra de revitalização, mas entendemos que é preciso abrir mais (frentes de trabalho), para a vazão das chuvas ficar ainda maior", avaliou.
Casimiro também listou outras medidas que estão sendo tomadas para amenizar os efeitos das chuvas no DF. "Montamos uma sala de monitoramento e colocamos representantes das empresas (que estão tocando as obras em andamento) de prontidão para atender às emergências à noite ou durante os fins de semana", garantiu. "Além disso, equipes da Novacap vão posicionar equipamentos de sucção em locais estratégicos, que costumam alagar com mais frequência, para resolver a situação de forma mais rápida", relatou.
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Dilúvio
Faltando 13 dias para terminar outubro, Brasília teve, até agora, uma precipitação pluviométrica que supera o índice projetado para todo o mês. De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), até as 18h de ontem, caíram 179,2mm de chuva no Plano Piloto. O valor médio para a região é de 141,8mm, ou seja, um aumento de 26,4%.
O meteorologista Olívio Bahia explicou que, "obviamente" — segundo ele —, o número foi superado com as chuvas que caíram na última noite, porém, isso só será contabilizado às 9h de hoje. De acordo com o especialista, contudo, a tendência é de que o fim de semana continue sem mudanças significativas no momento do dia em que o fenômeno meteorológico ocorrerá. "Chuvas podem ocorrer a qualquer hora do dia, só que as mais expressivas devem ser entre a tarde e à noite", comentou.
Independentemente de quando as precipitações ocorrerão, fato é que o DF está sob alerta amarelo ante o perigo potencial para chuvas intensas equivalentes a temporais. A previsão é de uma queda entre 20 e 30mm por hora ou até 50mm por dia, com ventos intensos que podem chegar a 60km/h. O aviso do Inmet começou na última quinta-feira e deve durar até amanhã, às 12h, conforme o órgão analisou.
Ainda, com base no instituto, há risco de cortes de energia elétrica, quedas de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas (raios). Por isso, a entidade orientou que, em caso de rajadas de vento, a população não se abrigue sob árvores e não estacione seus veículos próximos a torres de transmissão e painéis de propaganda do tipo "outdoor". Além disso, deve-se evitar o uso de aparelhos eletrônicos conectados a tomadas elétricas enquanto durar o temporal.
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