Solidariedade

Rosita Milesi é recebida com festa no aeroporto de Brasília após receber Prêmio Nansen da ONU

Rosita recebeu o Prêmio Nansen em Genebra, na Suíça, graças ao seu trabalho como defensora de imigrantes e refugiados

Rosita Milesi é recebida com festa no aeroporto -  (crédito: Alessandro de Oliveira)
Rosita Milesi é recebida com festa no aeroporto - (crédito: Alessandro de Oliveira)

Foi com muita festa que a irmã Rosita Milesi, 79 anos, foi recebida no Aeroporto Internacional de Brasília, nesta quinta-feira (17/10). Rosita recebeu o Prêmio Nansen 2024, em uma cerimônia que aconteceu nesta segunda-feira (14/10), em Genebra, na Suíça. Religiosa Scalabriniana brasileira, Rosita atuou por mais de 40 anos em favor de imigrantes e refugiados.

“A conquista é coletiva”, disse Rosita após desembarcar no aeroporto de Brasília. Ela agradeceu o apoio que teve ao longo de quatro décadas lutando pelos direitos dos imigrantes e refugiados. “Gostaria de agradecer às pessoas que estiveram comigo ao longo desse caminho, às organizações, governo e tantas pessoas que estão aqui e passaram pela minha vida e me ajudaram a chegar onde estou hoje. Este momento é histórico para o Brasil e para a causa. Estou muito feliz com isso”, contou.

  • Rosita recebe flores como presente pelo prêmio conquistado
    Rosita recebe flores como presente pelo prêmio conquistado Alessandro de Oliveira
  • Rosita mostra o Prêmio Nansen que ganhou em Genebra, na Suiça
    Rosita mostra o Prêmio Nansen que ganhou em Genebra, na Suiça Alessandro de Oliveira

Rosita ressaltou a importância de continuar a luta na defesa dos imigrantes e refugiados. “Temos a lei nº 13.445, de 2017, que disciplinou a migração no Brasil e estabeleceu princípios e diretrizes para as políticas públicas para o imigrante. A lei é um processo contínuo e precisamos ir em busca das determinações que ela estabelece, nós temos que trabalhar, lutar, para que de fato ela seja vivida e vivenciada”, completou.

Miguel Pachioni, 44, oficial de comunicação do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), acompanhou Rosita no ato de premiação e contou como foi estar presente nesse momento. “Então, todo aquele processo de subida ao palco, recebimento da medalha e do certificado, a gente fez isso três vezes, antes do evento oficial mesmo, e dona Rosita sempre muito dedicada”, pontuou. Ele comentou o que sentiu quando viu Rosita subindo ao palco. “Orgulho, eu tenho uma certeza absoluta de que esse prêmio está em muito boas mãos”, concluiu.

A irmã Sueli Belato, 71, comentou com muito orgulho sobre o prêmio recebido por sua amiga. “Ela representa uma pauta muito importante e quando a gente vê esse reconhecimento, por uma mulher brasileira e freira, sentimos orgulho em sermos representados por ela. Rosita é um exemplo de pessoa dedicada, que está sempre aberta para ajudar a um imigrante, seja para emitir documentos ou conseguir moradia. Ela é uma pessoa que abre as portas”, contou.

*Estagiário sob a supervisão de Eduardo Pinho.


 

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postado em 17/10/2024 20:34
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