Foi com muita festa que a irmã Rosita Milesi, 79 anos, foi recebida no Aeroporto Internacional de Brasília, nesta quinta-feira (17/10). Rosita recebeu o Prêmio Nansen 2024, em uma cerimônia que aconteceu nesta segunda-feira (14/10), em Genebra, na Suíça. Religiosa Scalabriniana brasileira, Rosita atuou por mais de 40 anos em favor de imigrantes e refugiados.
“A conquista é coletiva”, disse Rosita após desembarcar no aeroporto de Brasília. Ela agradeceu o apoio que teve ao longo de quatro décadas lutando pelos direitos dos imigrantes e refugiados. “Gostaria de agradecer às pessoas que estiveram comigo ao longo desse caminho, às organizações, governo e tantas pessoas que estão aqui e passaram pela minha vida e me ajudaram a chegar onde estou hoje. Este momento é histórico para o Brasil e para a causa. Estou muito feliz com isso”, contou.
Rosita ressaltou a importância de continuar a luta na defesa dos imigrantes e refugiados. “Temos a lei nº 13.445, de 2017, que disciplinou a migração no Brasil e estabeleceu princípios e diretrizes para as políticas públicas para o imigrante. A lei é um processo contínuo e precisamos ir em busca das determinações que ela estabelece, nós temos que trabalhar, lutar, para que de fato ela seja vivida e vivenciada”, completou.
Miguel Pachioni, 44, oficial de comunicação do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), acompanhou Rosita no ato de premiação e contou como foi estar presente nesse momento. “Então, todo aquele processo de subida ao palco, recebimento da medalha e do certificado, a gente fez isso três vezes, antes do evento oficial mesmo, e dona Rosita sempre muito dedicada”, pontuou. Ele comentou o que sentiu quando viu Rosita subindo ao palco. “Orgulho, eu tenho uma certeza absoluta de que esse prêmio está em muito boas mãos”, concluiu.
A irmã Sueli Belato, 71, comentou com muito orgulho sobre o prêmio recebido por sua amiga. “Ela representa uma pauta muito importante e quando a gente vê esse reconhecimento, por uma mulher brasileira e freira, sentimos orgulho em sermos representados por ela. Rosita é um exemplo de pessoa dedicada, que está sempre aberta para ajudar a um imigrante, seja para emitir documentos ou conseguir moradia. Ela é uma pessoa que abre as portas”, contou.
*Estagiário sob a supervisão de Eduardo Pinho.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br