Na manhã desta quinta-feira (17/10), Joseane Patrícia Abreu, mãe de Jorny Thiago, segurança assassinado em um bar no último domingo (13/10), se manifestou nos stories do Instagram a respeito da falta de apoio do Puxadinho Gastrobar diante da tragédia, além da dor de perder o filho, sepultado na terça (15/10).
"Eu vim aqui falar sobre essas notas que o Puxadinho está fazendo sobre o apoio à família do Thiago. Thiago não tem pai, só mãe. Criei ele sozinha, com Deus. A família dele aqui sou eu, os dois irmãos menores e meu irmão. Ninguém recebeu apoio", revelou.
Segundo a psicoterapeuta, foram os amigos e colegas da igreja que a socorreram desde que recebeu a notícia do assassinato. "(Os donos do Puxadinho) Fizeram uma vaquinha, na internet, dizendo que arrecadaram R$ 3 mil para me ajudar. Até hoje não sei quanto realmente entrou e (isso ocorreu) no pix de pessoas que eu não conheço. Quem enterra alguém com R$ 3 mil?", questionou, acrescentando que qualquer sepultamento custa, no mínimo, R$ 10 mil.
"É uma injustiça o que estão fazendo comigo. Não chegou ninguém para ajudar. Eu, como mãe dele, quero justiça, não tenho mais vida, fico só deitada chorando sem meu filho", disse, em lágrimas. Em outro vídeo, acusou o estabelecimento de tentar se promover diante da tragédia. Também no Instagram, compartilhou stories de outras pessoas que pediam boicote à empresa e justiça por Thiago.
Nas redes do Puxadinho Gastrobar, o único post que faz referência ao ocorrido foi compartilhado há dois dias. Em nota, o estabelecimento lamentou o caso e disse estar em cooperação com as autoridades policiais a fim de agilizar as investigações.
"Repudiamos veementemente qualquer tipo de violência, e estamos profundamente tristes com o ocorrido, pois sempre prezamos por oferecer um ambiente seguro e familiar aos nossos clientes", disse a nota. "Nossos sinceros sentimentos a todas as vítimas e seus familiares neste momento tão delicado", finalizou.
A reportagem tenta contato com a empresa.
O crime
Na noite de domingo (13/10), o segurança Jorny Thiago Abreu, de 23 anos, foi morto no Puxadinho Gastrobar, no Riacho Fundo II, ao tentar impedir um cliente de sair do local sem pagar a conta. Um menino, 10, também foi baleado com um tiro na cabeça e mais quatro pessoas ficaram feridas. O autor dos tiros, Felype Barbosa da Silva, 27, foi preso em um hotel em Valparaíso (GO) na segunda (14/10).
Na quarta (16/10), o suspeito foi ouvido sobre o crime e ficou em silêncio quando questionado sobre os crimes de homicídio e as cinco tentativas de homicídio. De acordo com o delegado Sérgio Bautzer, que conduz a investigação, quando questionado se tentou roubar um caminhão guincho na fuga, ele negou. Disse não saber dirigir caminhão e afirmou ter fugido a pé para o Recanto das Emas.
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