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Segurança morto em tiroteio fazia bico em bar para ajudar família

Segundo um amigo de Jorny Thiago Abreu, o expediente desse domingo (13/10) no bar seria o último do segurança. O jovem, natural da Bahia, tinha o sonho de ser policial

Thiago Abreu tinha 23 anos e trabalhava como segurança no bar -  (crédito: Reprodução/Redes sociais)
Thiago Abreu tinha 23 anos e trabalhava como segurança no bar - (crédito: Reprodução/Redes sociais)

Jorny Thiago Abreu, 23 anos, morto em um bar no Riacho Fundo II, cumpria seu último expediente no estabelecimento na noite desse domingo (13/10), quando foi baleado ao tentar impedir um cliente de sair do local sem pagar a conta. Ao Correio, um amigo do jovem informou que, devido a insatisfações com a empresa, ele procurava outro bico, visto que trabalhava esporadicamente como segurança para contribuir com as despesas de casa. 

Natural de Ibotirama, na Bahia, Thiago veio para o Distrito Federal com a mãe e o irmão mais novo em busca de melhores condições de vida. Com o salário que recebia trabalhando no setor de serviços gerais de uma academia e com os freelas que realizava, ele ajudava no sustento da família. "Queria prestar concurso público e virar policial. Era cheio de sonhos", contou o colega, que preferiu não se identificar. 

Ao que tudo indica, o crime foi motivado porque o suspeito se recusou a pagar R$ 55 pelo consumo de três cervejas, conforme afirmou o amigo do segurança. Um trabalhador do bar foi preso em flagrante depois que a polícia identificou — pelas câmeras de segurança — que ele permitiu a entrada do autor dos disparos sem fazer a revista. Ele foi autuado como partícipe no homicídio consumado e nos cinco homicídios tentados, por ter faltado com dever de vigilância. 

De acordo com a Polícia Militar do DF (PMDF), o suspeito ainda não foi identificado e buscas estão sendo realizadas para localizar o criminoso. Testemunhas informaram que o autor dos disparos vestia roupas pretas e fugiu a pé em direção ao Recanto das Emas. As equipes da polícia realizaram patrulhamento pelas quadras 800. Ainda não há informações sobre o sepultamento de Thiago. 

Pronunciamento

A empresa Costa e Alves Bar e Restaurante, responsável pelo Puxadinho Gastrobar, se manifestou sobre o tiroteio e morte ocorridos nas dependências do estabelecimento na noite de domingo (13/10). Em nota publicada nas redes sociais, a empresa ressaltou que repudia todo ato de violência, visto que preza pela segurança do espaço e de seus frequentadores. Além disso, informou que está colaborando e prestando todas as informações necessárias aos órgãos competentes.

Segundo o pronunciamento, "um cliente completamente alterado efetuou disparos que culminou no falecimento de um prestador de serviço no local, bem como em ferimentos de clientes, inclusive uma criança". A equipe de segurança, segundo a empresa, é terceirizada. "Durante os anos de funcionamento, nunca ocorreu qualquer ato de violência dentro do estabelecimento, que preza pela segurança, e de outro lado, a alegria e diversão de todos os seus clientes", completou. Confira a nota completa:

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postado em 14/10/2024 11:33 / atualizado em 14/10/2024 16:40
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