Antes mesmo dos portões abrirem para o início das eleições cidadãos do Jardim Guaíra, em Águas Lindas de Goiás, já faziam fila no portão da Escola Municipal Professora Edileusa de Azevedo Cavalcante. Por motivos variados mais de 20 pessoas estavam de pé do lado de fora da escola neste domingo (6/10) de primeiro turno.
O clima no Jardim Guaíra era de pressa. Seja para trabalhar ou para resolver a votação logo cedo, os eleitores se escoravam no muro na escola e esperavam que os portões fossem abertos para que pudessem chegar as urnas o mais rápido possível.
O mecânico de 65 anos, Rubens Alves, era o primeiro da fila. Ele conta ao Correio que chegou na frente da escola às 5h40, porque precisava votar logo cedo para resolver questões de trabalho depois. O eleitor reclama do horário. “A gente tem que resolver nossa vida. Se fosse por mim, a votação começa às 6h”, critica.
A segunda da fila era Maria Gracionele, 33, camereira. Ela estava ainda mais incomodada. “Não queria votar, de dois em dois anos isso empata a nossa vida. Por mim eu nem votava”, diz. A profissional também precisava partir de Águas Lindas para o trabalho e por isso chegou às 6h15 na escola.
A maioria dos outros votantes chegaram cedo no mesmo intuito. Por isso, era possível ouvir reclamações em voz alta na fila. Um homem que não quis se identificar afirmou que já estava atrasado para o trabalho. “Fazer o que, ou voto agora e me atraso, ou não voto”, reclamou.
Sujeira
Os moradores do Jardim Guaíra pontuaram que durante a madrugada deste domingo a rua recebeu uma quantidade maior dos chamados “santinhos” de candidatos. “Está horrível, mas ontem não estava assim”, denuncia Maria Gracionele.
Os papeis se juntaram com água que escoava pela rua e, em alguns pontos na proximidade da escola, formaram-se poças de lama. “Não sei o motivo de fazerem isso, o eleitor consciente não vai votar em que polui a própria cidade”, comenta Rubens.
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