Na noite de quinta-feira (3/10), em um dos espaços abertos da CasaCor, no Estádio BRB Mané Garrincha, onde os convidados puderam aproveitar uma brisa que aliviou, ao menos um pouco, o calor intenso, os nomes dos ganhadores da 7ª edição do Prêmio Correio Braziliense CasaCor Brasília 2024 foram revelados.
Por dentro das colunas imponentes do estádio, com música ao vivo e um coquetel, os ganhadores das quatro categorias do júri popular e das seis categorias do júri técnico receberam os prêmios e tiveram seus trabalhos reconhecidos entre tantos outros.
Com 6.795 votos, foram escolhidas, por votação no site da mostra, as categorias Sonho de Sala, Sonho de Banheiro, Sonho de Quarto e Sonho de Cozinha. Acrescentando o prêmio ao troféu do ano passado de melhor projeto comercial, os arquitetos Orestes Blanco e Rosa Maranini venceram o Sonho de Sala, com a Sala Casa BRB, com móveis fluidos, cheios de movimento e que convidam ao merecido descanso.
"Estamos muito felizes e honrados de receber esse prêmio do Correio Braziliense, veículo que admiramos desde sempre e ainda com esse espaço do BRB, que é tão Brasília quanto o jornal", comentou Orestes. Rosa acrescentou que estava animada para essa edição e apostou na ousadia na hora de criar um ambiente que mesmo parecendo mais comum, é cheio de personalidade.
O prêmio Sonho de Banheiro foi para o Banheiro Universo Anacrônico, criação do escritório Guel Arquitetos, que combina modernidade e conforto em um espaço rico em vegetação. E não é que o estilo realmente fez sucesso? Eles também levaram para casa o troféu do Sonho de Quarto, com o projeto Quarto Universo Anacrônico, com a mesma paleta de cores e ar contemporâneo do banheiro.
"Muita emoção, a gente trabalha, é uma correria. Mas receber isso é muito gratificante! Colocamos esse universo anacrônico para fugir da cronologia sem uma época concreta. Ousamos com várias cores e texturas para trazer isso e poder passear por vários estilos", disse Guilherme Bussamra.
Encerrando os prêmios de júri popular, Alessandra Moussa e Marcelo Neto levaram o troféu de Sonho de Cozinha com o Refúgio do Cedro. O espaço, combinado com uma sala de estar, tem ares retrô e remete ao aconchego, que sem dúvidas seria transmitido a qualquer prato preparado nesta cozinha e apreciado nas confortáveis poltronas ao lado.
Alessandra Moussa revela que o prêmio tem um gostinho especial, pois o projeto foi inspirado em seu pai. "É uma homenagem para ele, uma vitória para meu pai, que faleceu em 2003 e nunca deixou de viver com bondade. O projeto reflete o que ele mais gostava, que era receber os amigos", comemora.
Depois das escolhas do público, é a vez de dar voz aos especialistas nas categorias Projeto Mais Original, Melhor Uso Comercial, Melhor Uso Público, Melhor Uso de Obras de Arte, Projeto Mais Ousado e Melhor Projeto da CasaCor.
Este ano, em meio a tantas novidades, o júri técnico teve dois empates. O prêmio Mais Original foi dividido entre Márcio Corrêa, com o projeto Meu Ryokan, e Marcela Schiavoni e Felipe Zorzeto, com a Suíte Casal.
O prêmio Mais Ousado também deixou os jurados divididos e foi para O Universo Anacrônico, da Guel Arquitetos, que levou o terceiro da noite, e Natureza Refletida, criado pelo Sainz Arquitetura.
Luciana Canalli, da On Arquitetura, levou o prêmio de melhor projeto de uso comercial, repetindo a vitória de 2022 e comemora. "É uma satisfação muito grande. Foi muito trabalho e dedicação, trabalho em conjunto e fico feliz de ver esse resultado. Receber esse prêmio do Correio é um ponto alto na carreira", completa.
Vencendo a categoria de melhor uso público com uma linda galeria, Débora e Juliana comentaram que o prêmio é a prova de que toda a dedicação ao projeto valeu a pena.
"Foi a categoria que mais nos deu trabalho, porque precisávamos unir o tema da CasaCor e ser coerentes com nosso projeto e conseguimos chegar a um resultado satisfatório" comentou Vinicius Alano, da Três rquitetura, que levou o troféu de melhor uso de obras de arte.
O Melhor Projeto foi para Larissa Dias, pelo espaço Tempo Sagrado, que exalta o conforto, o descanso e o período de qualidade que precisamos viver dentro de nossas casas. A madeira e o uso de cores claras reforçam a sensação de relaxamento e, junto com uma fonte refrescante, fizeram do projeto um sucesso absoluto na mostra.
"Esse ambiente foi a união entre a Serenidade dos elementos naturais com a sofisticação do design moderno", declara Larissa Dias, ganhadora do maior prêmio da noite, o de Melhor Projeto. Ela comentou que a alegria se mescla com um imenso reconhecimento por receber os votos de jurados que são amigos e pessoas que ela admira.
Durante a cerimônia, Moema Leão, uma das sócias e idealizadoras da Casacor Brasília, ressaltou o valor do prêmio para a mostra. "Eu gosto muito e faço questão desse prêmio. Eu, por exemplo, adoro ser premiada e mesmo que algumas pessoas não gostem da competição em si, eu acho muito importante valorizar esses trabalhos e reconhecer os vencedores".
Ela ressaltou a importância da parceria entre CasaCor e o Correio Braziliense. "É Fundamental. O jornal traz uma credibilidade e nós, que não entramos em qualquer parceria, ficamos muito satisfeitas. O Correio nos dá um momento muito especial com essa premiação", completa.
Troféu original
A premiação, a mais importante na área de decoração da região Centro-Oeste, aconteceu no cenário que abriga a mostra há três anos consecutivos, no Estádio BRB Mané Garrincha, e os vencedores foram agraciados com o troféu criado pelo paisagista Mendo Barreto, 66 anos, que participa da CasaCor desde 1991, e idealizou o troféu dando destaque para as pedras e para a madeira. "Sempre olhei para as pedras com um olhar apaixonado e quis trazer isso para essa criação", comentou.
A ideia também foi influenciada pelo projeto da arquiteta Larissa Dias, que usou pedras na criação de seu ambiente na CasaCor e incorporou peças de Mendo na composição. A escolha de chamar o paisagista para desenhar e pensar o troféu faz parte da iniciativa da organização de chamar artesãos, designers e artistas plásticos da cidade para criar o prêmio, tornando-o ainda mais exclusivo.
Para aqueles que querem conferir os ganhadores ao vivo e conferir os outros ambientes, a mostra segue até o dia 16 de outubro e está aberta ao público de terça a domingo, oferecendo acessibilidade completa, inclusive para pessoas com deficiências visual e auditiva.
Confira os vencedores:
Júri Popular:
- Sonho de Sala: Sala Casa BRB por Orestes Blanco e Rosa Maranini
- Sonho de Quarto: Quarto Universo Anacrônico por Guel Arquitetos
- Sonho de Banheiro: Banheiro Universo Anacrônico por Guel Arquitetos
- Sonho de Cozinha: Cozinha O Refúgio do Cedro por Alessandra Moussa e Marcelo Neto
Júri Técnico:
- Projeto Mais original: Empate entre Meu Ryokan por Márcio Corrêa e Suíte Casal por Marcela Schiavoni e Felipe Zorzeto
- Melhor Uso Comercial: Restaurante Cucan por On Arquitetura
- Melhor Uso Público: Galeria por Débora Bardales e Juliana Castro
- Melhor Uso de Obras de Arte: Pavilhão Arco por Três Arquitetura
- Projeto Mais Ousado: Empate entre Universo Anacrônico por Guel Arquitetos e Natureza Refletida por Sainz Arquitetura
- Melhor Projeto de Casacor: Tempo Sagrado por Larissa Dias
Saiba Mais
Confira os vencedores
Júri Popular:
Sonho de Sala: Sala Casa BRB por Orestes Blanco e Rosa Maranini
Sonho de Quarto: Quarto Universo Anacrônico por Guel Arquitetos
Sonho de Banheiro: Banheiro Universo Anacrônico por Guel Arquitetos
Sonho de Cozinha: Cozinha O Refúgio do Cedro por Alessandra Moussa e Marcelo Neto
Júri Técnico:
Projeto Mais original: Empate entre Meu Ryokan por Márcio Corrêa e Suíte Casal por Marcela Schiavoni e Felipe Zorzeto
Melhor Uso Comercial: Restaurante Cucan por On Arquitetura
Melhor Uso Público: Galeria por Débora Bardales e Juliana Castro
Melhor Uso de Obras de Arte: Pavilhão Arco por Três Arquitetura
Projeto Mais Ousado: Empate entre Universo Anacrônico por Guel Arquitetos e Natureza Refletida por Sainz Arquitetura
Melhor Projeto de Casacor: Tempo Sagrado por Larissa Dias
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