precaução

Neoenergia e GDF anunciam plano de preparação para período chuvoso

Em coletiva de imprensa, na manhã desta quinta (3/10), foram apresentados investimentos e ações, como ampliação de redes inspecionadas e podas de árvores. Inmet alertou para a possibilidade de chuvas intensas

Centro de operações da Neoenergia, localizado no SIA -  (crédito: Letícia Mouhamad/CB/DA Press)
Centro de operações da Neoenergia, localizado no SIA - (crédito: Letícia Mouhamad/CB/DA Press)

A empresa Neoenergia anunciou, junto ao Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e à Defesa Civil, um plano de preparação para o período chuvoso, previsto para iniciar neste mês. As informações foram apresentadas em uma coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (3/10). O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) também esteve presente e alertou para a possibilidade de chuvas intensas e espaçadas nas próximas semanas. 

O plano de contingência operacional da Neoenergia visa atender as ocorrências mais rapidamente, com preparação técnica e de infraestrutura, além de se antecipar a eventuais situações críticas. "Este é um ano atípico em relação ao clima, havendo indicação de chuvas volumosas e acompanhadas de raios e ventos de 85 km/h. Precisamos estar prontos para não sermos pegos de surpresa", disse Antônio Carlos Queiroz, diretor-superintendente Técnico da Neoenergia Brasília. 

Além de triplicar os recursos técnicos de campo, distribuídos em dez polos operacionais, outras ações incluem a inspeção de mais de 15 mil km de rede elétrica, 45 mil manutenções preventivas e mais de 35 mil podas de árvores. Os canais de atendimento aos clientes também foram ampliados, abrangendo a central de atendimento (116), os aplicativos, o site da Neoenergia e o WhatsApp (3465-9318).

Presencialmente, estão disponíveis, por exemplo, uma unidade móvel com atendimentos itinerantes nas administrações regionais. Segundo a empresa, cerca de 40 mil pessoas passaram a ter energia regular e com segurança por meio do plano de contingência operacional. 

"Com o aumento da falta de energia no período chuvoso — devido ao ventos e raios, possíveis colisões em postes e queda de galhos sobre a rede — aportamos cerca de R$ 1 bilhão em pouco mais de três anos para modernizar nossa infraestrutura. Dessa forma, foi registrada redução de 42% na quantidade de interrupções da energia de fevereiro de 2021 a setembro deste ano. Todos os indicadores são públicos, apurados e auditados pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica)", explicou Queiroz. Em Brasília, a duração média de interrupção anual chega 5,16 horas, o menor período do país. 

Precaução

Segundo a meteorologista do Inmet Márcia Seabra, as temperaturas elevadas devem permanecer no fim de semana. Porém, a partir de terça ou quarta-feira, há maior tendência de chuva. "Pedimos para a população ir acompanhando os nossos avisos, porque pode ser que tenhamos episódios de chuvas fortes. Nestes casos, as precipitações podem vir acompanhadas de ventos e raios", detalhou.

A previsão é de que as chuvas sejam mais volumosas e espaçadas, condição que apresenta maiores riscos de inundações e desabamentos. De 1991 a 2000, houve frequência de extremos de precipitação (acima de 70 mm) em Brasília em apenas cinco dias. De 2011 a 2020, esse quantitativo saltou para 18 dias, conforme apresentado em gráfico do Inmet. 

O Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) informou estar bem suprido em equipamentos para este período chuvoso. "Recentemente compramos motosserras, cordas e demais ferramentas. 400 militares estão diariamente à disposição da população para atender a qualquer dessas ocorrências. Além disso, cerca de 100 militares são especialistas e podem ser empregados em caso de calamidades", enumerou o capitão do CBMDF, João Rafael. Corte de árvores e risco de desabamento são as ocorrências mais comuns nesta época do ano. 

Áreas de risco

Glaydston de Caravalho Andrade, coronel do CBMDF e diretor de planejamento da Defesa Civil, afirmou que o plano de contingência já mapeou áreas de risco do DF, sujeitas a inundações e desabamentos. Os trabalhos do órgão incluem manutenções, obras de mitigação de problemas estruturais e preparação da comunidade destas regiões. 

"No Sol Nascente, por exemplo, estão sendo realizadas obras para diminuir o impacto das chuvas. Agentes da Defesa Civil têm oferecido cursos à população com orientações para este período. Vila Cauhy, Arniqueira e Fercal também são áreas de risco, devido à estruturação da cidade", alertou. Para comunidades que vivem em locais com ameaça de erosão, as recomendações são corredores sinalizados e mapeados, pontos de encontro e locais de comunicação. 

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postado em 03/10/2024 17:11
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