Na tarde de terça-feira (2/10), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 9ª Delegacia de Polícia, prendeu o terceiro foragido por assalto e tortura a idoso em residência no Lago Norte. A caçada a Rafael de Paula Ferreira perdurou por dois meses e a prisão foi realizada em Planaltina (GO), na casa de um comparsa do suspeito.
Durante o período de fuga, Rafael havia alugado quatro casas distintas, nas quais ficava aleatoriamente
trocando de endereços, confundindo as tentativas de localização. Nos últimos dias, porém, o homem demonstrou despreocupação, visto que imaginava estar protegido pela lei eleitoral.
Segundo determinação do artigo 236 do Código Eleitoral, nenhum eleitor pode ser preso ou detido — salvo em flagrante delito, ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto — desde de terça (1º) e até 48 horas depois do encerramento da votação das eleições municipais.
No entanto, Rafael estava com seu título de eleitor suspenso, além de possuir condenação anterior por crime inafiançável, circunstâncias que permitiram o cumprimento do mandado de prisão preventiva emitido em seu desfavor mesmo dentro do período de eleições.
Agora, ele encontra-se à disposição da Justiça para responder pelos crimes. O comparsa que lhe ajudou durante o período de fuga responderá por favorecimento pessoal. Sarah Silva, que participou do assalto e tortura e é companheira de Rafael, foi presa na semana passada ao atender a uma consulta odontológica, também em Planaltina (GO), oportunidade em que policiais disfarçados a capturaram dentro da clínica.
O crime
O assalto ocorreu na manhã do dia 19 de agosto, quando três criminosos encapuzados entraram na casa do idoso na QI 10. Segundo a vítima, ele foi amarrado e torturado psicologicamente por três horas, inclusive com socos no rosto, para que fornecesse informações sobre senhas de cartões bancários e o esconderijo de outros bens.
Após subtraírem o carro, joias, cartões, televisão, celulares e outros objetos do interior da casa, fugiram para Planaltina (GO), deixando o senhor amarrado, depois foi encontrado pela empregada da casa ao chegar para trabalhar.
Rafael era companheiro de Sarah, ex-cuidadora da vítima e quem forneceu as chaves da casa. Os três envolvidos encontram-se presos preventivamente, tendo o crime sido totalmente esclarecido. O trio foi indiciado por associação criminosa e roubo qualificado pela restrição de liberdade com penas em abstrato que somam mais de 18 anos.
O delegado Erick Sallum reforça ser fundamental que a população seja criteriosa na contratação de colaboradores domésticos que tenham acesso as chaves da casa. "Sugere-se sempre a troca de fechaduras, quando exista suspeição e ocorram eventuais demissões desses colaboradores”, destacou.
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