VELÓRIO

Despedida de Darlan Guimarães, dono da rede Pão Dourado, reúne milhares de pessoas

Mais de mil pessoas se reuniram na capela 6 do Campo da Esperança, para dizer um último adeus a Darlan Guimarães, empresário dono da rede de panificadoras Pão Dourado

Familiares, amigos, colaboradores e clientes se despediram de Darlan Guimarães na tarde deste domingo (29/9). O velório do dono da rede de panificadoras Pão Dourado foi marcado por grande comoção e homenagens. Mais de mil pessoas, incluindo amigos, familiares, funcionários e clientes, compareceram à capela 6 do cemitério Campo da Esperança - Asa Sul, para se despedir do empresário, reconhecido tanto pelo sucesso nos negócios quanto por sua generosidade e humildade.

Entre os presentes na despedida, muitos compartilharam lembranças e elencaram as qualidades que tornaram Darlan uma pessoa tão querida. Amigo de longa data, Rafael Tozetti, 42 anos, declarou emocionado sobre a relação de sua família com a do empresário, que já dura mais de 50 anos. “Ele sempre foi muito humilde, trabalhador. No último sábado (21), ele estava no meu rancho, saímos para pescar e comemos juntos. Jamais pensei que fosse um adeus. A humildade dele era algo que sempre marcou a todos", afirmou ao Correio.

Considerado por familiares mais próximos e até mesmo por Darlan, o melhor amigo do empresário, Humberto Tozetti descreveu Guimarães como um guerreiro e batalhador. "Ele foi a pessoa mais fantástica que eu conheci e vou levar toda a glória dele para todo o sempre. Ele era o irmão que faltou nascer da minha mãe, mas que eu ganhei nesta vida. O meu amigo mais próximo", enfatizou em lágrimas.

Entre outras homenagens, os amigos de pesca de Darlan relembraram suas aventuras juntos. Ramos Brito, conhecido como Raminho, era amigo de infância, e contou com saudades das atividades pesqueiras que faziam, relembrando a paixão de Guimarães por desafios. "Ele amava se aventurar em lugares difíceis, quanto mais complicado, melhor. Ele sempre dizia: 'Quanto mais difícil, melhor para mim'. Ele tinha um espírito livre e aventureiro", ressaltou.

Colaboradores

Além de familiares e amigos, a despedida contou com a presença dos funcionários da rede de panificação. Segundo o comunicado divulgado nas redes sociais da empresa, todas as unidades da Pão Dourado ficaram fechadas durante a tarde de ontem para que os colaboradores pudessem se despedir de Guimarães.

Dandara Alves dos Santos, 22, que trabalha no apoio gerencial, destacou a humildade de Darlan, mencionando que ele se apresentava como "padeiro" quando visitava as lojas. "Apesar de ser o dono, ele nunca se colocou como superior a nós", disse. Outra funcionária destaca que o chefe era um verdadeiro líder. "Sempre incentivava todos com sua frase: Senta a bota!”, conta Deborah Cristina, funcionária da unidade da Arniqueiras.

Sócio da unidade do Mangueiral, Sérvulo Batista, se emocionou ao relembrar sua trajetória dentro da empresa após receber uma oportunidade de Guimarães. "Entrei na Pão Dourado há 22 anos como estagiário, e hoje sou sócio. Darlan sempre dizia que nossa missão era criar empregos e formar líderes. Ele acreditava no potencial das pessoas e nos deu autonomia para crescer", afirmou.

O gestor administrativo também destacou o legado do chefe como um empresário com olhar social, comprometido com a geração de empregos e renda no DF. "Uma perda inestimável, uma perda que ninguém estava preparado para isso agora, e a gente vai levar o legado dele", prometeu Sérvulo Batista.

O impacto de Darlan na comunidade foi reforçado por Leandro Marques Dourado, 43, cliente fiel da Pão Dourado desde o início da rede no Guará. "Ele sempre foi simpático e batalhador. Não só expandiu a rede de panificadoras, como também foi um exemplo de determinação e trabalho árduo. Seu legado vai muito além dos pães, ele gerou empregos e oportunidades para muita gente", disse.

Darlan faleceu tragicamente em um acidente enquanto praticava uma de suas paixões, a pesca. O empresário, dono da rede de padarias Pão Dourado sofreu um ferimento por disparo acidental de arma de fogo enquanto pescava em um rio na região de Santa Cruz do Xingú, no Mato Grosso. Segundo apuração do portal Agência Tocantins, Darlan estava em uma área remota quando o acidente ocorreu. Ele chegou a ser levado de avião para Palmas, capital do Tocantins, mas devido a gravidade dos ferimentos ele não resistiu.

Fundação

A rede de panificação Pão Dourado tem 35 anos de história no DF. Ela começou em uma Kombi, em Taguatinga, onde o pai do Darlan, Seu Tito vendia os pães. Fomos para o Guará, na quadra 15, que foi a primeira unidade, em seguida chegamos ao polo de modas, onde houve de fato a expansão da empresa. Atualmente a panificadora é composta por 20 lojas, com 750 colaboradores. Segundo Sérvulo, o chefe queria expandir ainda mais. "Ele determinou para nós que faríamos mais unidades. Agora em memória dele, iremos cumprir", declarou. O empresário de 55 anos, deixa a esposa e três filhos. 

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