A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desmantelou uma rede criminosa voltada para a venda de derivados de maconha. Segundo as investigações conduzidas pela Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), os criminosos comercializavam os entorpecentes por meio da redes sociais e prometiam a cura para inúmeras doenças em seres humanos e até em animais.
Em um laboratório localizado em Pirenópolis, em Goiás, os autores fabricavam, cultivavam as plantas de canábis e forneciam produtos comestíveis à base de cogumelos alucinógenos (psilocibina) e maconha. Os responsáveis chegavam a prescrever a dose necessária para a “cura”.
Os criminosos não tinham qualquer formação e, mesmo assim, atuavam sem habilitação, condições técnicas e sem a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Colocavam em risco a morte das pessoas, pois não eram capazes de entregar o que prometiam, estando de fato entregando drogas ilícitas a base de THC (maconha), produto viciante e que não colabora com a saúde humana”, explicou o delegado à frente do caso, Waldek Fachinelli.
De acordo com o delegado, os criminosos faturavam cerca de R$ 250 mil por mês com a venda dos entorpecentes. A possibilidade é que o ganho duplicasse, uma vez que os traficantes estavam expandido a propaganda das substâncias nas redes sociais. Para isso, contavam com uma ampla rede de divulgação e enviavam as drogas pelos Correios para o DF e estados como o Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, Paraná e Piauí.
Abordagem
As apurações revelaram ainda que as drogas vendidas eram adicionadas em alimentos, tais como chocolates e brownies. Nesta terça-feira (24/9), a PCDF cumpriu dois mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nas cidades de Anápolis/GO e Pirenópolis/GO.
Os investigados responderão pelos crimes de exercício ilegal da medicina, curandeirismo, charlatanismo, tráfico de drogas interestadual, associação para o tráfico e disseminação de espécies que possam causar dano à agricultura, à flora e aos ecossistemas, podendo ser condenados a até 39 anos de reclusão.
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