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Lago Paranoá é destino de brasilienses e turistas em meio à onda de calor

Com calorão de 33° graus e umidade do ar em 12%, o lago Paranoá foi o destino de muitos brasilienses e turistas

Alan Resah — especial para o Correio

Pedalar, correr ou nadar são algumas das alternativas que o brasiliense raiz encontra para curtir o fim de semana ao ar livre, apesar das altas temperaturas. Em 2024, a capital amarga o segundo maior período de seca para a região, com 152 dias consecutivos sem chuva, atrás apenas do ano de 1963, quando o DF registrou 163 dias de estiagem. Ontem, a umidade do ar mais baixa registrada no DF foi de 12% no Gama. A menor registrada neste mês atingiu a casa dos 7%.  

Não há previsão de chuvas para esta semana e, com dias cada vez mais quentes, a melhor pedida — e mais econômica também — é refrescar-se no lago Paranoá.

Às margens da Ponte JK, os banhistas encontram opções para curtir o dia com familiares ou amigos. É o caso de Rebeca Santos, auxiliar administrativa e moradora do Riacho Fundo, que buscou o lago pelo segundo dia seguido para curtir com a família. "Ontem, passei a tarde inteira dentro d'água. Chegando em casa ,a gente já sente falta disso aqui, o calor aumenta e a fumaça está presente por todos os lados, por todos cômodos", explica a jovem. 

Já Yasmin Cavalcante, estudante de pedagogia, esteve no lago com a família, por entender que essa é a melhor e mais econômica alternativa para dias ensolarados. "Aqui, a gente veio passear de caiaque, que custa R$ 25, mas sabemos que um mergulho no lago já resolve o calor, e é de graça!", relata.

Antes do futebol 

Turistas de outros estados que estão visitando Brasília aproveitaram para ter um dia mais fresco e agradável. Jhonatan Carlos, mineiro que reside em Goiânia, estava na capital com amigos para assistir à partida entre Palmeiras e Vasco, e demonstrou destreza na hora de escolher as atrações turísticas. "Viemos procurar um lugar perto do lago para refrescar um pouco antes do jogo. Já para o estádio, os preparativos incluem reforçar o protetor solar, usar óculos escuros, boné e sentar no lugar mais estratégico para o horário da guerra, que será no lado oeste, na parte inferior, contra o sol", explica o palmeirense. 

Para atividades aquáticas como natação, passeios de prancha ou de caiaque, Mário Batista, sargento do Corpo de Bombeiros Militares do Distrito Federal (CBMDF), que faz plantão na guarnição da Ponte JK, orienta para a ingestão de bastante líquido durante todo o dia e ressalta o cuidado com o consumo de bebidas alcoólicas, principal causa de acidentes na região, que não possui normativas com relação a este consumo como, por exemplo, na Ermida Dom Bosco, onde é proibido o consumo de bebidas alcoólicas. 

"Todo final de semana e feriado o corpo de bombeiros trabalha com cinco postos de guarda-vidas, aqui na Ponte JK, na Prainha do Orixás, no Deck Norte, na Ermida Dom Bosco e na Prainha do Lago Norte, cada uma, normalmente, com três militares, fazendo o trabalho de guarda-vidas no Lago, das 9h às 19h, tendo como maiores pontos de concentração de banhistas, a JK e o Lago Norte", aponta Mario.

Alan Resah -
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Água Mineral 

Reconhecido pelas belezas naturais, o Parque Nacional de Brasília segue com as atividades de lazer paralisadas, desde o incêndio do último domingo, que destruiu quase 1,5 mil hectares da vegetação do espaço. Ainda sem data de retorno das atividades, o local conta com duas piscinas, a chamada Pedreira, formada pelo despontar do lençol freático e das minas d´água, além da piscina nova, que fica disponível sempre às quintas-feiras. 

"Geralmente, em períodos de seca, recorremos à Água Mineral para tomar um banho frio e refrescar. Mas como as piscinas estão fechadas por causa das queimadas no Parque Nacional, resolvemos vir ao lago, na ponta sul, pois é mais perto da nossa casa, em Santa Maria", explica Andréia Rêgo, que esteve no espelho d'água acompanhada pelo marido, filho e a sobrinha Cecília, 7. 

 

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