CULTURA

Novos talentos: Bienal do Livro Caixa incentiva criatividade de funcionários

Programação do evento reuniu 600 pessoas, sendo 59 expositores, e contou com apresentações musicais, exposições de artes visuais, fotografia, literatura e palestras

De 18 a 20 de setembro, a Caixa promoveu sua primeira edição da Bienal do Livro, que visa destacar os talentos internos e promover uma cultura organizacional para incentivar a criatividade, a arte e a cultura entre seus funcionários e colaboradores. O evento foi no Átrio dos Virais, na Matriz da instituição, e contou com a presença de cerca de 600 pessoas, sendo 59 expositores.

Segundo Willian Farias, gerente nacional de comunicação interna da Caixa, a ideia da Bienal do Livro é valorizar os empregados em todas as dimensões de sua vida. "Isso significa usar o banco como instrumento de reconhecimento dos mais diversos talentos que permeiam a vida dos colaboradores, nao só no ambiente corporativo, mas também no pessoal", disse ao Correio. Além disso, a ação objetiva reforçar o papel da instituição como agente cultural do Brasil.

De acordo com Willian, essa bienal foi a inauguração de um projeto que terá mais edições. "Queremos contemplar diferentes temas ao longo dos próximos anos", afirmou.

Para a arquiteta Sandra Quinto, 55 anos, a oportunidade de expor duas pinturas em aquarela, guache e acrílico foi a motivação que precisava para expandir seu trabalho artístico, ilustrando livros, canecas e cangas. A arte dela, focada no universo feminino, aborda o contraste entre os desafios e a leveza de ser mulher. "Sempre gostei de desenhar e pintar, mas, com o passar dos anos, fui tomada por faculdade, trabalho, filhos e escola, então, acabei deixando de lado", contou. 

Fotos: Divulgação/Caixa - Marcelo Milton escreve literatura fantástica e realismo mágico

Oportunidade

Em 2014, Sandra voltou a pintar aquarelas, mas, somente quatro anos depois, começou a se dedicar ao tema mulheres. "Passei por um momento muito difícil na minha vida e precisei externalizar isso. Eu pintava compulsivamente. Aos poucos, fui estudando a técnica e me aprimorando", relembra. Para a pintora, o mais interessante da Bienal do Livro foi conhecer o lado artístico dos colegas. "Muitos deles a gente vê todos os dias, mas nem imagina que fazem arte. Foi uma troca muito bacana", completou.

Marcelo Milton Laserra, 47, que atua na área de tecnologia da informação (TI), aproveitou o espaço para divulgar seu trabalho como escritor de literatura fantástica e realismo mágico. "Acredito que a conexão entre literatura e TI está na documentação das coisas e na conexão com as pessoas", comentou o catarinense. "Fiquei sabendo do evento por um colega, que me mandou o card com a divulgação. Enviei meu romance — Sob a Égide — e fui selecionado. Estou muito feliz", comemorou.

O evento contou com o apoio da Câmara Brasileira do Livro (CBL), associação sem fins lucrativos que representa editores, livreiros, distribuidores e demais profissionais do setor, divulgando a literatura brasileira no mercado internacional. 

 


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