A presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal (SindSaúde-DF), Marli Rodrigues, foi detida pela Polícia Militar nesta quinta-feira (19/9), durante uma manifestação em frente ao Palácio do Buriti. Marli foi levada para a 5ª Delegacia de Polícia.
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A Polícia Militar informou que a presidente do SindSaúde foi orientada pelo comandante do policiamento sobre as normas que regulam a reunião e a manifestação "inclusive sobre as proibições de invasão e ocupação de via pública, assim como tentativa de invasão de prédio público". Segundo a PM, o grupo de manifestantes "invadiu" a via N1, bloqueando o trânsito, e seguiu em direção ao Palácio do Buriti.
Em nota, o SindSaúde-DF repudiou a ação policial. "A prisão de Marli Rodrigues, justificada pela alegação de desobediência, ocorreu em meio a um ato pacífico e legítimo. O SindSaúde condena veementemente essa atitude da PMDF, que representa uma afronta ao direito constitucional de manifestação e à luta dos trabalhadores", diz a organização.
A PMDF ainda pontuou que corporação "interveio para evitar invasões e possíveis atos de depredação. Diante da recusa de retroceder e obedecer às ordens policiais foi necessário o uso de instrumento de menor potencial ofensivo para dispersão dos manifestantes. A presidente do sindicato foi conduzida à 5ª Delegacia por desobediência, por ter desobedecido as normas de manifestação no DF mesmo após ter sido orientada pelo comandante do policiamento", acrescentou a PMDF.
Leia as notas do SinSaúde e da PMDF abaixo.
Nota do SinSaúde-DF na íntegra:
"SindSaúde-DF vem a público manifestar seu repúdio à ação arbitrária da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que, na manhã de hoje, deteve a presidente do sindicato, Marli Rodrigues, durante uma manifestação legítima em frente ao Palácio do Buriti.
A mobilização foi motivada pela ausência de compromisso do Secretário de Economia, Ney Ferraz, que havia prometido apresentar uma proposta concreta para a categoria na terça- feira, dia 17 de setembro. No entanto, ignorou completamente os trabalhadores, frustrando as expectativas e as negociações. Em resposta a essa postura, o SindSaúde agendou a paralisação, visando garantir melhores condições de trabalho e uma remuneração justa para os servidores da saúde.
Ainda assim, na madrugada de hoje, o sindicato foi notificado com uma multa diária no valor de R$ 300 mil, caso realizasse a paralisação. Apesar das tentativas de intimidação, a entidade manteve sua mobilização, em defesa dos direitos dos servidores.
A prisão de Marli Rodrigues, justificada pela alegação de desobediência, ocorreu em meio a um ato pacífico e legítimo. O SindSaúde condena veementemente essa atitude da PMDF, que representa uma afronta ao direito constitucional de manifestação e à luta dos trabalhadores.
Exigimos a imediata libertação de nossa presidente e o fim das tentativas de criminalizar o movimento sindical. Continuaremos firmes em nossa luta, até que os direitos dos servidores sejam respeitados".
Nota da PMDF na íntegra:
"Na manhã desta quinta-feira (19), a presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde (SindSaúde) foi orientada pelo comandante do policiamento sobre as normas que regulam reunião e manifestação no Distrito federal, inclusive tendo sido informada das proibições de invasão e ocupação de via pública bem como tentativa de invasão de prédio público. O grupo de manifestantes invadiu a via N1, bloqueando o trânsito e seguiu em direção ao Palácio do Buriti.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) interveio para evitar invasões e possíveis atos de depredação. Diante da recusa de retroceder e obedecer às ordens policiais foi necessário o uso de instrumento de menor potencial ofensivo para dispersão dos manifestantes. A presidente do sindicato foi conduzida à 5ª Delegacia por desobediência, por ter desobedecido as normas de manifestação no DF mesmo após ter sido orientada pelo comandante do policiamento."
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