Em nota publicada nas redes sociais nesta quarta-feira (18/9), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Ibaneis, "o presidente revela não só desconhecimento, como também insensibilidade diante do efetivo trabalho do Corpo de Bombeiros de Brasília, da Defesa Civil e de outros agentes envolvidos, que se dedicam diuturnamente a combater os focos de incêndios", escreveu o governador.
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Ibaneis afirma que "o presidente, como morador transitório de Brasília, deve estar preocupado em explicar a incapacidade e precariedade dos órgãos federais em regiões onde devia ser mais presente. Desleixo inclusive com o Parque Nacional, que apesar de ser uma área federal, segue ignorado pelas autoridades federais, deixando o DF sozinho na empreitada de sua preservação".
A reação de Ibaneis veio após matéria publicada pelo Poder 360, noticiando que Lula estaria irritado com as queimadas no Distrito Federal e a suposta inércia dos bombeiros.
Em nota divulgada nas redes sociais, o presidente Lula desmentiu reportagem. "Infelizmente segue a prática por alguns veículos de imprensa de atribuir falas e opiniões ao presidente da República baseadas em fontes anônimas e sem checagem".
Em outro trecho, a nota diz: "Para não restar dúvida: desde o início dos incêndios o presidente da República tem enaltecido a importância e bravura dos Bombeiros, dos brigadistas e da Defesa Civil nos estados e municípios no intenso, arriscado e difícil trabalho de combate ao fogo".
Após a nota divulgada pela presidência da República, Ibaneis disse hoje (18/9), durante entrega de novos ônibus do transporte escolar disse que se Lula não fez críticas, ele pede desculpas. "Foi divulgado em todo o ambiente da internet e eu não poderia deixar sem resposta. Se o presidente não falou, então eu peço minhas desculpas pela resposta, mas foi uma maneira também de agradecer ao Corpo de Bombeiros do Distrito Federal", afirma
Nesta terça, Lula reuniu, no Palácio do Planalto, representantes dos Três Poderes para debater medidas de enfrentamento às queimadas que vêm devastando uma boa parte do território brasileiro. Uma das principais propostas do encontro era a possibilidade de deixar mais rigorosa a lei sobre crimes ambientais, tese que já foi defendida pela ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudanças do Clima, e endossada pelo Judiciário. O Legislativo, no entanto, reluta em aceitar a proposta.