Vestidos com camisetas brancas em homenagem ao pequeno João Miguel da Silva, 10 anos, familiares deram o último adeus à criança, encontrada morta na sexta-feira (13/9) com sinais de violência. Na tarde desta segunda-feira (16/9), centenas de parentes se reuniram no Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul.
O sepultamento ocorreu em caixão fechado devido ao estado de decomposição do corpo. Familiares preferiram não conceder entrevistas. “Eu vou cobrar pelo o que fizeram com você, meu irmão. Não vai ficar barato. Por que fizeram isso com você?”, declarou o irmão mais velho de Miguel, debruçado sobre o caixão.
Boa parte dos familiares do menino vieram de Pernambuco para participar da cerimônia. Os parentes do DF montaram um meio de arrecadação para auxiliar nos custos de passagem e nas vans destinadas ao deslocamento do Setor de Inflamáveis até o cemitério.
Ao Correio, Cecília Cardoso, advogada do pai de João, que atualmente encontra-se preso no Complexo Penitenciário da Papuda, compareceu ao enterro e estava com a autorização judicial para a liberação do preso para o comparecimento ao sepultamento. “Ele não foi liberado porque não tinha escolta. Na verdade, a equipe do presídio disse que seria um procedimento muito complexo, como já sabíamos”, afirmou.
O caso
Na sexta-feira (13/9), policiais civis, militares e bombeiros fizeram buscas em uma região de mata, no Lúcio Costa, e encontraram o corpo de João dentro de uma fossa de, aproximadamente, 1.5 metro de profundidade.
João estava envolto em um lençol, com as mãos e pés amarrados e um tecido ao redor do pescoço. Preliminarmente, os peritos não encontraram sinais de perfurações causadas por arma de fogo ou faca. “A perícia de identificação civil da PCDF confirmou que o corpo localizado hoje (ontem) é do menor desaparecido”, confirmou a delegada-chefe da 8ª DP, Bruna Eiras.
De acordo com a investigadora, ainda não é possível determinar com exatidão a causa da morte devido ao avançado estado de decomposição do corpo. A perícia preliminar indicou que João morreu há pelo menos três dias. A principal linha de investigação sugere que o menino pode ter sido morto por asfixia.
Nem a bicicleta e nem o dinheiro que estariam com João Miguel foram encontrados. A polícia não descarta nenhuma hipótese e desconfia que o menino estava em poder dos criminosos desde o dia do desaparecimento. A delegada pede que quem souber de qualquer informação, ligue para o 197. A denúncia é anônima.
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