Investigação

Mãe de João Miguel é presa por vínculo com PCC; prisão não tem relação com morte

Mulher teria vínculo com facção considerada a maior do país. De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), não há relação entre a prisão dela e a morte do filho João Miguel

A mãe de João Miguel, de 10 anos, encontrado morto em uma fossa na sexta-feira (13/9), foi presa por policiais civis que investigam crimes ligados a facções criminosas. A reportagem apurou que a mulher, de 38 anos, teria ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e estava com um mandado de prisão em aberto.

Segundo os investigadores, a prisão dela não tem relação com a morte de João Miguel. O Correio apurou que, desde abril deste ano, havia um mandado de prisão contra a mãe do garoto por tráfico de drogas. O caso da morte do menino está sendo investigado pela 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural) sob sigilo.

A mulher morava em Pernambuco. Depois, mudou-se para o Maranhão e chegou ao DF na primeira semana do desaparecimento do filho.

João Miguel morava com as tias em uma casa no Setor de Inflamáveis, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Na tarde de 30 de agosto, ele saiu de bicicleta para brincar com amigos na rua. Segundo Rafaela Santos, 23 anos, tia de João, o menino foi até um mercado próximo para comprar um salgadinho, usando o dinheiro que tinha trocado.

Imagens de câmeras de segurança de um ferro-velho registraram João caminhando sozinho, próximo ao horário de seu desaparecimento. Essa rua é onde fica o mercado, e teria sido nesse momento que ele comprou o salgadinho. Após isso, nenhuma outra câmera capturou seus passos, e não houve relatos sobre seu paradeiro.

Corpo

A família relatou ter recebido uma denúncia anônima sobre o possível paradeiro de João. O informante sugeriu que procurassem o menino em valas. Na sexta-feira (13/9), policiais civis, militares e bombeiros realizaram buscas em uma área de mata, no Lúcio Costa, onde encontraram o corpo do garoto dentro de uma fossa de aproximadamente 1,5 metro de profundidade.

João estava envolto em um lençol, com as mãos e os pés amarrados, além de um tecido ao redor do pescoço. Preliminarmente, os peritos não encontraram sinais de perfurações causadas por arma de fogo ou faca. 

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