COMEMORAÇÃO

Flávia Jardim será homenageada durante a Semana JK

Durante a programação especial, a Casa JK irá inaugurar um espaço em homenagem à brasiliense, falecida em 2022

Por Maria Eduarda Lavocat — Anualmente, a Casa JK, antiga residência de Juscelino Kubitschek em Diamantina, realiza uma programação especial para celebrar o aniversário do ex-presidente, comemorado em 12 de setembro. Neste ano, em que ele completaria 122 anos, será feita uma homenagem à brasiliense Flávia Jardim, filha do diretor e presidente da instituição, Serafim Jardim. O jardim no quintal do museu será dedicado a ela e a Márcia Kubitschek, em reconhecimento ao apoio de Flávia à Casa JK, incluindo sua contribuição para a construção do Anexo Júlia Kubitschek, que abriga um memorial. A inauguração do espaço está marcada para esta quinta-feira (12/9), às 15h45.

Nascida e criada em Brasília, Flávia Jardim foi uma importante produtora de eventos na cidade até falecer em julho de 2022, vítima de um câncer cerebral. Segundo sua filha, Ana Carolina Jardim, Flávia costumava dizer que Diamantina e Brasília eram cidades-irmãs, devido à conexão entre a cidade que Juscelino Kubitschek construiu (Brasília) e a cidade onde ele nasceu e viveu (Diamantina). Sua família mantinha uma forte ligação com a família de JK, e Flávia atuou como chefe do cerimonial de Márcia Kubitschek, tendo ajudado a organizar a histórica visita do Papa João Paulo II à capital federal.

Arquivo pessoal -
Arquivo pessoal -
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A produtora também presidiu as comemorações dos 50 anos do Hospital de Base, período em que captou recursos e apoiadores para a criação do Jardim da Solidariedade, localizado no quintal do hospital, além de liderar a revitalização da capela. Foi madrinha da Associação dos Amigos do Hospital de Base e curadora de arte do Espaço Cultural da Câmara dos Deputados. Além disso, atuou como diretora da Fundação Oscar Niemeyer e foi chefe do cerimonial nos governos de Joaquim Roriz e Márcia Kubitschek, entre 1991 e 1995.

“É impossível falar dela sem falar de Brasília e JK. Minha mãe foi uma ativista diferenciada, eu diria que aguerrida também, pois sempre defendeu Brasília com a força do coração que ela tinha. Batalhou duro para minha criação e para tudo que se relacionava à arte, cultura e preservação da nossa cidade”, explica Ana Carolina. “Acredito que a melhor forma de ter seguido a vida adiante após seu descanso é poder trazer comigo este legado incrível. É me espelhando no exemplo dela que sigo meu caminho por aqui. Esse espaço vem somente concretizar o quanto ela permanece viva em nossos corações”, completa.

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