CB.Poder

Livro mostra como crianças do Brasil ainda têm os direitos negligenciados

Em entrevista ao programa CB.Poder, Fábio Esteves, autor de Fabinho — da Roça aos Tribunais, diz que cerca de 25 milhões de crianças brasileiras não têm os direitos básicos

O lançamento do livro Fabinho — da Roça aos Tribunais, no último dia 5 de setembro, que aborda um pouco da trajetória do juiz instrutor no STF Fábio Esteves, foi tema do programa CB.Poder — parceria entre o Correio e a TV Brasília — desta quarta-feira (11/9). Aos jornalistas Carlos Alexandre de Souza e Adriana Bernardes, o membro do Fórum Nacional de Juízas e Juízes contra o Racismo e todas as formas de Discriminação afirmou que o objetivo da obra é mostrar que muitas crianças do Brasil ainda têm os direitos negligenciados.

Esteves explica que há dois modelos do livro, um para alunos da educação infantil e outro para o ensino fundamental. “Ele vem ao encontro daquilo que tenho desenvolvido ao longo da minha trajetória e retrata de maneira muito lúdica e fiel a minha infância na zona rural. Depois, faz um salto para os tribunais. Ele tem a finalidade de atingir um público infantil a partir de uma abordagem que não deixa de ser lúdica, mas ao mesmo tempo é muito consciente”, pontuou.

Cerca de 25 milhões de crianças no Brasil não têm os direitos básicos, segundo o juiz. “Ainda há muitos Fabinhos e a primeira coisa importante que o livro traz é isso. Por mais que tenhamos muitas melhoras na educação e um estatuto que garante muitos direitos, ainda há trajetórias como a do Fabinho. É claro que a vida dele não é algo permeado de dificuldades, também apresenta uma família extremamente estruturada, forte e resiliente”, observa.

O desejo de tornar o livro instrumento pedagógico também foi destacado por Esteves. “Já estamos recebendo os primeiros feedbacks das crianças leitoras com muita alegria. Temos algumas propostas para que algumas instituições públicas e privadas patrocinem esse livro para que ele vá para escolas públicas. E eu fiz um pedido para que ele também seja levado para escolas públicas rurais”, finalizou.

Acesse a entrevista na íntegra

 

*Estagiário sob a supervisão de Eduardo Pinho

 

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