Crime

Justiça anula condenação de ex-distrital acusado de mandar matar jovem

Carlos Pereira Xavier, o Adão Xavier, deixou a Papuda na noite de segunda-feira (9/9). O parlamentar será julgado em uma nova instância

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) anulou a sentença que condenava o ex-deputado distrital Carlos Xavier, conhecido como Adão Xavier (sem partido), a 15 anos de prisão pela morte de um adolescente de 16 anos, ocorrida em março de 2004.

A decisão foi proferida na tarde desta segunda-feira (9/9). Com isso, o ex-parlamentar, o primeiro a ser cassado na história da Câmara Legislativa (CLDF), será submetido a um novo julgamento pelo Conselho de Sentença do TJDFT. 

O ex-deputado foi preso em fevereiro deste ano após o cumprimento de um mandado de prisão. Conforme a sentença anterior, ele era apontado como o principal responsável por encomendar a morte de um jovem. 

De acordo com as investigações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o crime teria sido motivado pelo fato de Carlos Xavier ter descoberto que o adolescente era amante de sua ex-esposa.

A vítima, Ewerton da Rocha Ferreira, foi assassinada, e o corpo encontrado atrás de uma parada de ônibus no Recanto das Emas.


Cassação

Pouco tempo após o crime, o nome de Carlos Xavier surgiu durante as investigações e, em agosto daquele ano, a CLDF decidiu pela cassação do então deputado — o primeiro caso na história da Casa.

O homem contratado para executar o serviço, o capoeirista Eduardo Gomes da Silva, conhecido como Risadinha, foi condenado a 19 anos e três meses de prisão. As investigações revelaram que Risadinha planejou o assassinato, contratando um adolescente e outro suspeito, Leandro Dias Duarte, que também foi sentenciado a 15 anos de detenção.

Em fevereiro, a coluna Eixo Capital, do Correio Braziliense, já havia apontado a possibilidade de anulação da sentença, o que se confirmou. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Adão Xavier.

 

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