Crime organizado

PCDF faz megaoperação contra facção voltada ao tráfico interestadual de drogas

Os policiais cumpriram 25 mandados de prisão temporária, 51 de busca e apreensão, 27 ordens de sequestros de bens móveis e imóveis e 25 ordens de bloqueio de contas bancárias

A maior organização criminosa do Amazonas, a Família do Norte (FDN), foi alvo de uma operação por envolvimento com a prática voltada ao tráfico de drogas interestadual, lavagem de dinheiro e associação para o tráfico. Nesta manhã, pessoas vinculadas à facção foram alvos da operação Dog Head, desencadeada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, vinculada ao Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco/Decor).

Os policiais cumpriram 25 mandados de prisão temporária, 51 de busca e apreensão, 27 ordens de sequestros de bens móveis e imóveis e 25 ordens de bloqueio de contas bancárias. O objetivo da operação é enfraquecer o núcleo financeiro da cúpula. As prisões são de envolvidos que operam tanto na venda de drogas no varejo, quanto na comercialização e transporte no atacado, inclusive fornecendo entorpecentes para uma facção criminosa originária do Distrito Federal, o Comboio do Cão

As investigações apontam que a organização criminosa utilizava empresas fictícias na região da Cabeça do Cachorro, no Amazonas, para movimentar grandes somas de dinheiro, direcionadas à compra de drogas e ao fortalecimento das atividades ilícitas do grupo. A respectiva região fica localizada no extremo noroeste do Brasil, nas divisas com a Colômbia, Peru e Venezuela. A área é estratégica para o tráfico de drogas e serve como ponto de passagem e distribuição de entorpecentes adquiridos pelas organizações criminosas. 

Financeiro 

Em consequência da investigação, voltada principalmente para a apuração do crime de lavagem de dinheiro praticado pelo grupo, foi decretado o sequestro judicial de um imóvel, veículos e valores em inúmeras contas bancárias vinculadas aos investigados, laranjas e empresas fictícias utilizadas no esquema, visando estancar o fluxo financeiro e enfraquecer a estrutura econômica da organização criminosa. Isto porque a polícia descobriu um esquema sofisticado de lavagem de capitais através de empresas de fachada, que movimentaram R$ 200 milhões destinados à aquisição de drogas e manutenção das operações criminosas. 

No DF, as diligências foram realizadas em Brasília e nas cidades de Águas Claras, Ceilândia, Taguatinga Sul, Samambaia, Grande Colorado (Sobradinho), Gama, Setor de Mansões Park Way, Asa Norte, Riacho Fundo, Guará, Riacho Fundo II, Lago Norte, Vicente Pires, Sudoeste, Cruzeiro Velho, Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante e Ponte Alta Norte. Em outros estados foram cumpridas ordens judiciais em Goiânia (GO), Senador Canedo (GO), Trindade (GO), Valparaíso (GO), Maceió (AL), Tibau do Sul (RN), Manaus (AM), Tabatinga (AM) e Boa Vista (RR).

No total, 196 policiais civis do Distrito Federal incluindo agentes de diversas unidades especializadas e 117 policiais das polícias civis de Goiás (PCGO), Rio Grande do Norte (PCRN), Amazonas (PCAM), Roraima (PCRR) e Alagoas (PCAL), participaram da operação. A ação também contou com a participação de outras entidades operacionais da PCDF, como o Departamento de Polícia Especializada, a Divisão de Operações Especiais e a Divisão de Operações Aéreas, assim como do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.

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