A Floresta Nacional de Brasília (Flona) perdeu 2,1 mil hectares para o fogo, segundo o último monitoramento do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), divulgado no início da noite desta quarta-feira (4/9). A área atingida corresponde a 38,58% do total da unidade de conservação.
Os números são considerados extremamente preocupantes por autoridades do governo local e federal ouvidas pela reportagem do Correio. Em resposta, uma força-tarefa foi mobilizada para combater as chamas e proteger a fauna e a flora da região. Um dos maiores desafios tem sido enfrentar as altas temperaturas, o clima seco e os ventos fortes, que dificultam o controle do incêndio.
Equipes do ICMBio, do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), além de profissionais do Jardim Botânico de Brasília, do Zoológico de Brasília e da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), estão envolvidas na operação para conter os incêndios florestais que assolam a área.
No início da manhã, o Correio mostrou que servidores em folga foram convocados pelo CBMDF para auxiliar no combate ao incêndio. Existe a preocupação de que nascentes e matas de galeria possam ter sido atingidas pelas chamas.
Imagens recebidas pelo ICMBio revelam a existência de duas frentes principais de fogo que estão se aproximando. “São frentes de quilômetros, com diversos pontos quentes no meio. Ainda não temos previsão de quanto tempo o combate vai durar. O esforço agora é controlar e confinar o incêndio. As operações devem continuar por dias”, afirmou o chefe da Flona e da Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Descoberto, Fábio dos Santos Miranda.
Investigação policial
Em razão do incêndio, a Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar a possibilidade de origem criminosa. Segundo o ICMBio, três pessoas foram vistas no local onde o fogo começou, o que pode indicar ação intencional.
As investigações estão sendo conduzidas em sigilo pela Delegacia de Repressão a Crimes Ambientais da Superintendência da PF no DF.