Brasília completou, neste sábado (31/8), 130 dias sem chuvas. Este é o maior período de seca nos últimos em 14 anos. As altas temperaturas e a baixa umidade relativa do ar virão com força a partir de amanhã e devem permanecer até metade de setembro, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
As próximas duas semanas na capital são de alerta, devido ao clima árido, e exigirão dos brasilienses muita hidratação e menos exposição ao Sol. Não há, inclusive, nenhuma previsão de entrada de ar frio. Ontem, por exemplo, a umidade do ar ficou em 10% na Estação do Gama e Brazlândia e 13% em Brasília, o que é considerado preocupante para os meteorologistas. "As temperaturas devem ficar entre 30ºC e 32ºC, mas, geralmente, neste mês, costuma-se registrar recordes", detalha Olivio Bahia do Sacramento Neto, meteorologista do Inmet.
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Mas quando vem a tão esperada chuva? O especialista climático explica que as precipitações em bons volumes e de forma constante costumam chegar em outubro, principalmente a partir da segunda quinzena do mês, mas há riscos de atraso. "Enquanto o padrão de chuva não se estabelecer será difícil mudar este cenário."
Caso ocorra atraso, de acordo com o meteorologista, Brasília ficará à mercê de impactos ambientais, como os incêndios florestais, que aumentam nesta época do ano. Outra preocupação é o nível de água dos reservatórios do DF. O de Santa María, até ontem, estava com o volume em 48,52%.
Durante os grandes período de estiagem, os brasilienses sofrem com dificuldades que afetam a saúde e a rotina. Marco Antônio Targinho, 59 anos, funcionário público, relata ao Correio, que o clima seco, aliado à poeira e à fumaça, complicou muito a sua semana. "Nos programamos para de andar de bicicleta, mas no meio do caminho, a gente parou, porque não estava aguentando a secura severa", conta.